Eagle Eye Networks apresentou na Feria Internacional de Seguridad ESS+, realizada em Bogotá (Colômbia), uma proposta disruptiva para videovigilância em nuvem para transformar a maneira como as empresas gerenciam os seus sistemas de segurança. Segundo de Jorge Rocca, Gerente Regional de Vendas da Eagle Eye Networks, a proposta é centralizar, armazenar e gerenciar vídeo na nuvem de forma eficiente, sem a necessidade de servidores, armazenamento e manutenção local, resultando em menor custo de propriedade. A solução apresentada na ESS+ permite dimensionar a solução conforme necessidade do cliente, sem grandes investimentos iniciais. Por ser baseada na nuvem, ela sempre estará atualizada com as funcionalidades mais recentes. Já o suporte a uma ampla variedade de câmeras e protocolos facilita a integração com sistemas existentes, enquanto a criptografia de nível militar e as múltiplas camadas de segurança protegem os dados do cliente. Jorge Rocca destaca que a América Latina é fundamental para a estratégia comercial da Eagle Eye Networks e países como Brasil são responsáveis pelo crescimento da presença da companhia na região — alguns deles adotando serviços de nuvem de maneira crescente, como Peru, Equador e Colômbia. “O Brasil, pelo seu tamanho, pela sua geografia, é um lugar importante. Além dele, o Chile tem sido frequentemente pioneiro em termos de tecnologias. Trata-se de um mercado que consome alta tecnologia. Destacaria também Argentina e México para completar a lista dos países com presença forte da Eagle Eye Networks”. Leia a entrevista completa: SECURITY BUSINESS: Quais são os destaques da Eagle Eye Networks na Feria Internacional de Seguridad ESS+? JORGE ROCCA: O que apresentamos tem o poder centralizar o vídeo, armazená-lo e gerenciá-lo na nuvem, de forma eficiente e sem que o usuário tenha que adquirir os tradicionais sistemas on-premise. Somos agnósticos em relação a qualquer tipo de produto de vídeo, a qualquer câmera, desde que seja gerenciado com protocolos padrão. O nosso sistema está onde está o nosso celular ou nosso computador está. Isso é mobilidade! SECURITY BUSINESS: Ainda é muito forte a tradição de comprar uma ‘caixa preta’, onde ficam softwares e os vídeos gravados. Como a proposta da Eagle Eye Networksmuda este conceito? JORGE ROCCA: A gestão da caixa preta tem custos ocultos, sejam eles manutenção, renovação, obsolescência tecnológica ou refrigeração através dos sistemas de ar condicionado, já que tudo isso faz parte da equação. Estamos mostrando ao cliente que podemos atender as suas necessidades de uma forma mais eficiente e fazer isso como um serviço. Ou seja, hoje preciso gravar um número X de câmeras, pronto, consigo fazer isso sem precisar investir em infraestrutura e sem precisar pensar em obsolescência tecnológica, o que é muito importante. Hoje, quando falamos de tecnologia, sabemos que depois de seis meses, de um ano, os produtos já estão obsoletos. O que se propõe hoje está obsoleto, então, queremos entregar ao cliente a continuidade tecnológica. O cliente consegue dizer hoje preciso disso e vou levar, mas sem precisar adquirir toda aquela infraestrutura. SECURITY BUSINESS: Este modelo muda a filosofia de CAPEX para OPEX? JORGE ROCCA: Fornecemos uma proposta de valor que permite impactar diretamente no custo de propriedade, gerando economia e, claro, cobrindo as necessidades de forma muito ágil. Esta é uma grande mudança na filosofia de CAPEX para OPEX. SECURITY BUSINESS: Como você vê a percepção do cliente em relação a estas mudanças? JORGE ROCCA: O mercado busca histórias de sucesso que reforcem a decisão de mudança. A Eagle Eye Networks faz vídeos na nuvem há 13 anos, desde 2012, quando a empresa foi fundada. Cresceu ao longo do tempo, entregando valor. Então, sim, a América Latina é um mercado que está em fase inicial de adoção. Hoje a relutância é cada vez menor. SECURITY BUSINESS: E como ficam as operações críticas? JORGE ROCCA: Claro, existem operações críticas, onde o cliente diz: Jorge, tenho uma operação crítica, quero ter meu vídeo no local porque quero ter acesso a ele. Isso acontece, mas veja o que aconteceu em instalações que pegaram fogo, as provas se perderam. O que a nuvem oferece é a possibilidade de ter um sistema redundante de informações críticas. Portanto, as operações hoje, principalmente portos, aeroportos ou infraestruturas críticas, estão considerando a nuvem como alternativa de backup para dar continuidade às operações. Mais cedo ou mais tarde, o mercado continuará a se adaptar ao mercado de nuvem. SECURITY BUSINESS: Como a Eagle Eye Networks responde às preocupações dos clientes quanto à proteção cibernética? JORGE ROCCA: Vamos dividir a tecnologia que utilizamos para gerenciamento de vídeo em três fases. Temos a rede local, onde estão instaladas as câmeras, temos dispositivos bridge e temos a nuvem. Quando falamos em rede local de câmeras, essa rede está conectada a um dispositivo Eagle Eye Bridge, um gateway que recebe o stream de vídeo das câmeras através de uma porta local. Em seguida, ele criptografa todo o stream de vídeo e o transmite para a nuvem, gerando um tunelamento VPN, como meio de comunicação através de uma segunda porta. Então, lembre-se que tudo isso é criptografado. SECURITY BUSINESS: E o que acontece após esta comunicação com a nuvem? JORGE ROCCA: Se eu violar a rede de câmeras local, meu ponto de ruptura será o Eagle Eye Bridge. Se eu violar a nuvem, meu ponto de ruptura será o Eagle Eye Bridge e não terei acesso à rede local do cliente. Então, esse gateway não dá acesso ao sistema operacional, portanto, esquecemos as telas azuis, ransomware e worms que ficam constantemente esperando para se conectar à internet e gerar danos. O que este equipamento faz é receber, criptografar e transmitir. Na nuvem temos três arquivadores de vídeo. Isso significa que se eu realizar manutenção em um, haverá uma cópia de backup. E que tipo de criptografia usamos? A mais alta, AES-256. SECURITY BUSINESS: Como está configurada a nuvem da Eagle Eye Networks? JORGE ROCCA: A nuvem não é pública. Hoje temos 12 data centers privados. É uma nuvem construída e otimizada para armazenar e rodar vídeo. Não dependemos de