O Banco BS2 anunciou a migração da sua infraestrutura para o Google Cloud com o objetivo de utilizar ferramentas para geração de insights baseados em dados e inteligência artificial.
Segundo a instituição, a mudança é para atender as demandas do setor financeiro, que passou por diversas transformações recentes — como PIX, cadastro positivo e open banking.
“A parceria com o Google Cloud vai acelerar nossa estratégia de digitalização, com o uso de tecnologias modernas, gerando maior flexibilidade tecnológica, redução de custos e integração de serviços, fomentando a cultura de inovação no BS2”, afirma Fernando Radunz, CIO do BS2.
Entre as soluções utilizadas pelo banco, está o BigQuery, ferramenta de armazenamento e processamento de dados de forma escalonável.
Além disso, o contrato inclui treinamentos de capacitação e atualização de funcionários do banco para uso e melhor aproveitamento dos recursos da nuvem, realizados pelo próprio time do Google. Entre os temas a serem abordados, estão Modernização de Infraestrutura e Smart Analytics and Data Management.
Google Cloud melhora produtos e uso de dados
Para o BS2, a migração deve trazer maior velocidade na criação de produtos, melhor utilização de dados e um desenvolvimento mais centrado nas necessidades dos clientes.
Ao empregar as soluções de código aberto da nuvem para criar uma cultura de gerenciamento e análise de dados, o banco pretende configurar seu modelo de negócio em menos tempo, podendo, inclusive, realizar contatos customizados e direcionados para os clientes.
“As mudanças no segmento financeiro estão democratizando o acesso aos serviços de bancos como nunca vimos antes no Brasil. Isso exige que as instituições invistam em tecnologias para acompanhar essas expectativas e também para se destacar no mercado”, destaca Marco Bravo, head do Google Cloud.
O setor bancário é altamente regulado e com um infraestruturas de TI legadas de grande porte. Por isso, fica atrás do mercado em geral quando o tema é adoção de nuvem.
De acordo com uma pesquisa da CIO Surveys, só 16% das empresas do setor de serviços financeiros adotaram nuvens públicas, abaixo da média de mercado, de 24%.
Mas existem sinais de que isso está começando a mudar, mesmo no Brasil, em instituições de todo tipo de porte.
Quem parece estar na frente é a AWS, que nos últimos anos fechou contratos com o Digio, plataforma criada pelo Bradesco e pelo Banco do Brasil, e o Fibra, focado em grandes e médias empresas dos setores de agronegócio e corporativo.
O grande triunfo da AWS, no entanto, foi em novembro de 2020, quando o Itaú fechou um contrato de 10 anos com a companhia, pelo qual um dos maiores bancos do país deve migrar a “maior parcela” de sua infraestrutura de TI dos mainframes e de seus data centers para a nuvem.