A HID publicou uma pesquisa para a indústria de Segurança, que reuniu respostas de 2.700 parceiros, usuários finais e profissionais de segurança e TI representando mais de 11 setores. Nela, a companhia apontou algumas tendências que enxerga para o mercado.
A apresentação foi feita no dia 21de março e contou com a participação de Rogério Coradini, Diretor Comercial da HID para a América Latina, que destacou a pesquisa como reflexos dos desafios da companhia na pós-pandemia.
De acordo com o estudo, 74% dos entrevistados afirmaram que foram afetadas negativamente por sua cadeia de suprimentos em 2020 e a metade deles não estão seguros de que haverá melhorias em 2023.
“Mais de dois terços das pequenas e médias empresas foram as mais afetadas, porem são as mais otimistas de que os problemas serão resolvidos por um cenário mais otimista”, destacou.
O executivo comentou sobre alguns pontos de destaque, que vão guiar o futuro da HID no mercado de Segurança de acordo com o resultado do que foi apurado. Entre eles a sustentabilidade e as políticas ESG, que inspiram a criação de novas tecnologias que obedeçam a esse critério, ao mesmo tempo em que trazem valor agregado e possam ser oferecidas de forma acessível aos clientes finais.
“A sustentabilidade ganhou força e isso ficou evidente na pesquisa. Quase 90% dos participantes pesquisados reconheceram o tema como muito importante e destacam a sustentabilidade como fator cada vez mais decisivo para a aquisição de produtos.
Nesse sentido, a pesquisa apontou também o uso cada vez maior de aparelhos celulares substituindo os cartões de acesso convencionais.
“É um caminho sem volta. Desde 2014 começamos a perceber a migração dos cartões físicos para os modelos virtuais. Essa questão ganhou muita força nos últimos anos em todas as verticais que atuamos. Atualmente temos 10 milhões de aberturas de porta usando cartões virtuais em todo mundo”, destacou Corad
Resultados apontam o futuro do mercado de Segurança
Ao observar o que está impulsionando as próximas inovações e a tecnologia que as suporta, o mercado de Segurança pode criar mais valor para as organizações e seus funcionários. Conduzida no outono de 2022, a pesquisa revela cinco tópicos comuns:
- Quase 90% dos entrevistados reconhecem a sustentabilidade como uma questão Importante
Os usuários finais estão cada vez mais exigindo que os fornecedores ofereçam transparência em termos de suas operações, produtos e práticas de pesquisa e desenvolvimento, com 87% dos entrevistados afirmando que a sustentabilidade é classificada como “importante a extremamente importante”. Espelhando essa tendência, 76% disseram ter visto a importância da sustentabilidade aumentar para seus clientes.
Para atender a essa demanda crescente, as equipes de segurança estão aproveitando ainda mais a nuvem e a Internet das Coisas para otimizar processos e reduzir recursos. Além disso, novos produtos e soluções estão sendo desenvolvidos estrategicamente para abordar o uso sensato de energia, redução de resíduos e otimização de recursos.
- A maioria das organizações ainda precisa adotar totalmente a identidade “como serviço” (IDaaS) para dar suporte ao trabalho híbrido
A maioria dos entrevistados – 81% deles – afirmou estar oferecendo um modelo de trabalho híbrido. Como exemplo, 67% dos entrevistados afirmam que a autenticação multifator e autenticação sem senha são mais importantes para se adaptar ao trabalho híbrido e remoto, enquanto 48% apontam para a importância de identificações móveis edigitais. Curiosamente, a pesquisa também revela que quase metade das organizações não está pronta para implementar uma estratégia abrangente de IDaas.
- IDs digitais e autenticação móvel irão impulsionar muito mais implantações de acesso Móvel
A identificação e a autenticação são mais comumente realizadas por meio de dispositivos móveis, incluindo smartphones e dispositivos vestíveis. A crescente popularidade das carteiras digitais dos grandes players como Google, Apple e Amazon é um dos principais impulsionadores dessa tendência. E os recursos expandidos permitem que os usuários de smartphones, por exemplo, adicionem chaves, IDs e documentos digitais diretamente no aplicativo de carteira. Isso inclui, mas não está limitado a carteiras de motorista, informações verificáveis de vacinação da COVID-19, crachás de funcionários, carteiras de estudante e chaves de quarto de hotel.
Empresas imobiliárias comerciais (40%) estão superando outras verticais, pois grandes empresas imobiliárias comerciais estão aproveitando o acesso móvel como parte de seus aplicativos de experiência de locatário maiores, de acordo com a pesquisa da HID.
- Quase 60% dos entrevistados veem o benefício da biometria sem contato
As tecnologias biométricas representam uma grande ruptura com os meios mais convencionais de controle de acesso. O uso da biometria como um fator de autenticação adicional (por exemplo, varreduras biométricas para verificar a identidade física de um indivíduo) pode ajudar as organizações a eliminar o acesso não autorizado e a fraude. A importância dessa tendência é exemplificada nos dados da pesquisa, que mostram que 59% dos entrevistados estão usando, planejando implementar ou pelo menos testando tecnologias biométricas em um futuro próximo.
- Os problemas da cadeia de suprimentos continuam sendo um fator preocupante, mas o otimismo começa a surgir
De acordo com a pesquisa, 74% dos entrevistados dizem que foram afetados por problemas na cadeia de suprimentos em 2022, embora 50% estejam otimistas de que as condições melhorarão em 2023. As mais afetadas são empresas imobiliárias comerciais, com 78% citando problemas na cadeia de suprimentos como suas principal preocupação.
Mais de dois terços das organizações com menos de 1.000 funcionários indicam que foram altamente impactadas pelos problemas da cadeia de suprimentos em 2022, mas também são as mais otimistas de que esses problemas serão resolvidos em 2023.
Ao entender melhor os tópicos mencionados acima, o mercado de Segurança e seus profissionais estarão mais bem preparados para se adaptar mais rapidamente, oferecer experiências digitais e físicas excepcionais e capitalizar inovações revolucionárias em soluções e serviços.
