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5G e Segurança Cibernética em debate no INATEL

Desafios de Segurança Cibernética, ações já iniciadas no Brasil e exemplos de outros países foram tema da segunda edição do Inatel Cyber Security Summit.

Os desafios de Segurança Cibernética, as ações já iniciadas no Brasil, os exemplos de outros países e a importância de um trabalho conjunto envolvendo sociedade, poder público, empresas e instituições de pesquisa foram tema da segunda edição do Inatel Cyber Security Summit, realizado em 25 de março. O evento marcou também o lançamento do Inatel Cyber Security Center – CxSC Telecom.

Dois pontos foram destaque entre as apresentações dos convidados: as oportunidades e riscos com a chegada do 5G e a importância de envolver os cidadãos na conscientização da segurança cibernética. O tema é considerado um dos principais riscos do mundo, de acordo com o Fórum Econômico Mundial.

Os participantes destacaram as oportunidades e benefícios que a 5ª Geração de Comunicação Móvel irá trazer, mas também os cuidados que devem ser reforçados com a questão da segurança cibernética, em um mundo em que o físico e o virtual estarão cada vez mais conectados. “É muito clara a demanda por este tipo de serviço de segurança cibernética. A prestação de serviços de telecom é essencial. As redes estão mudando rapidamente, as operadoras têm suas obrigações e sempre terão planos de segurança. A conscientização deve ser de todos os envolvidos porque não é apenas um risco das empresas. É um risco social, já que são 210 milhões de pessoas usufruindo de serviços de conexão”, afirmou o Superintendente de Controle de Obrigações e coordenador do Grupo Técnico de Segurança Cibernética e Coordenação de Riscos de Infraestrutura Crítica (GT Cyber) da Anatel, Gustavo Santana.

Gustavo explicou ainda que o trabalho do GTCyber será constante, com envolvimento de todos os agentes porque as boas práticas devem ser atualizadas de acordo com as vulnerabilidades.

O diretor de CyberSecurity da Claro, Paulo Martins, destacou que a evolução da conectividade aumenta a área de exposição para ataques cibernéticos, já que o processamento será cada vez mais distribuído. “Estamos trabalhando para proteger a rede, mas com uma visão que não termina aí. Por isso, iniciativas como a do Inatel são tão importantes, principalmente na formação de profissionais para todo esse ecossistema e renovação de que estão atuando. Essa iniciativa é fundamental para o futuro das telecomunicações no Brasil”.

As principais fabricantes de telecomunicações e parcerias do Inatel – Ericsson e Huawei – também expuseram investimentos e experiências que as multinacionais têm na área de cyber security, além da importância do assunto para a evolução da conectividade e da conscientização e confiança do usuário final. “Para a Ericsson, o 5G reduz a tolerância ao risco de segurança. Com a tendência de digitalização em todos os setores, com sistemas móveis, é emergente os novos vetores de ataques, por isso, a infraestrutura deve estar blindada e que medidas corretivas sejam aplicadas sempre que necessário. Segurança Cibernética é essencial para que possamos usufruir de todos os benefícios dessa tecnologia, o desenvolvimento econômico e de novos setores, sempre olhando a experiência do usuário final. E a parceria entre poder público, iniciativa privada e sociedade é o que vai endereçar esse desenvolvimento”, explicou a diretora de Relações Industriais e Governamentais da Ericsson Latam, Jacqueline Lopes.

O diretor Global de Cibersegurança da Huawei, Marcelo Motta, reforçou a importância de análise de todo o ecossistema cibernético e os agentes envolvidos para falar em segurança. “É essencial essa cooperação entre academia, governo, empresas, fabricantes para que a gente consiga evoluir e expandir esses sistemas que representam o futuro do nosso país e de um mundo conectado em que vivemos”.

 

Inatel Cyber Security Summit

No segundo painel do Cyber Security Summit, o professor e pesquisador do Inatel, Guilherme Aquino, apresentou questões técnicas de segurança do 5G nas vertentes de implementação e também de OpenRAN. O coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento na Secretaria de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Rubens Caetano de Souza, apresentou dados sobre investimentos em cibersegurança no Brasil e no mundo, além dos projetos apoiados pelo Ministério. “Temos que buscar uma integração de todas as entidades e de todo o ecossistema para podermos implantar o 5G no país com uma atenção especial em segurança cibernética. Para isso, temos que ter profissionais cada vez mais qualificados, procedimentos bem definidos e monitorados constantemente. A confiabilidade é imprescindível”.

O Disruptive Scientist Leader do Brain, do Instituto de Ciência e Tecnologia da Algar Telecom, Luiz Claudio Theodoro apresentou as visões dos novos drivers e tecnologias do 5G e os impactos em cibersegurança, além de destacar a necessidade de profissionais atualizados com o tema para atender a demanda de mercado.

O gerente de Soluções de Comunicações Sem-Fio do CPQD, Gustavo Correa Lima, trouxe exemplos de ameaças e ataques de segurança cibernética e a importância de ampliar o debate e as ações práticas nessa área no Brasil.

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Fernando Gaio

Canal de notícias e negócios especializado em Segurança Eletrônica e Segurança da Informação.

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