A integração da inteligência artificial às soluções de segurança física pode colocar em xeque o futuro dos sistemas de gestão de videomonitoramento (VMS), uma vez que a própria IA tem potencial para realizar a gestão dos processos. O anúncio foi feito por Dean Drako, CEO da Eagle Eye Networks, durante o Cloud Security Summit 2023, realizado este mês em Austin, Texas. O ponto-chave desta mudança está na percepção de que os clientes de VMS adorariam se preocupar menos com a gravação e análise de vídeos. Para eles o importante é identificar o problema e resolvê-lo.
Usando Machine Learning, a supervisão do que acontece em uma instalação poderá ser realizada pela inteligência artificial, identificando comportamentos suspeitos, tentativas de invasão e ameaças que podem comprometer a operação de uma organização. Esta mesma inteligência poderá ser treinada para bloquear acessos, gerar alertas sonoros e luminosos, além de, quando necessário, acionar profissionais para atuar diretamente na ocorrência. A perspectiva apresentada por Dean Drako aponta para um cenário onde a maioria das situações será resolvida de maneira pro-ativa.
O recente estudo “Cloud Video Surveillance Camera Worldwide Statistics”, publicado pela Eagle Eye Networks, indica que o crescimento contínuo da adoção da IA na videovigilância fundamenta-se em dois fatores iniciais: poder computacional de baixo custo e Machine Learning, com algoritmos para esta finalidade. Esta evolução, combinada com armazenamento e processamento baseado em nuvem, cria o ambiente ideal para simplificar atualizações e simplificar a gestão.
Os dados gerados por mais de 200 mil câmeras conectadas em todo o mundo ao Eagle Eye Networks Cloud VMS, indicaram que a IA aumentou a eficiência no monitoramento de estacionamentos (controle de acesso, pagamento e controle de ocupação), operações (gerenciamento e rastreamento de frotas, automação de serviços e logística), e segurança (monitoramento, identificação de veículos e controle de acesso).
Segundo Dean Drako, os sistemas de VMS irão evoluir para sistemas de segurança e proteção baseados em inteligência artificial, capazes de assumir funções especificas de cada vertical, como saber se os trabalhadores de uma fábrica estão usando equipamentos de proteção. Um alerta pode ser acionado quando uma norma de segurança não for seguida, prevenindo acidentes continuamente.
“A adoção de plataformas em nuvem para sistemas de segurança física estão acelerando essa evolução de maneira exponencial, pois sistemas em nuvem como o Eagle Eye Cloud VMS torna a utilização de IA mais simples e de fácil implementação”, destaca José Netto, Gerente de Vendas Brasil da Eagle Eye Networks.
Para impulsionar esta transição, a Eagle Eye Networks e a sua parceira Brivo, líder global em controle de acesso baseado em nuvem, receberam um aporte de US$ 192 milhões da japonesa SECOM, uma das maiores empresas de integração de segurança do mundo. O investimento beneficiará o uso da inteligência artificial em soluções como o Eagle Eye Smart Video Search, o Smart Alarms e o Vehicle Intelligence, além de otimizar o seu uso na nuvem.