Uma parceria tecnológica cria centro de soluções 5G reunindo o Centro Universitário FEI, a Vivo Empresas e a Ericsson. O objetivo do projeto é explorar as potencialidades das redes da quinta geração com foco em Internet das Coisas para a Indústria 4.0.
A sede do novo centro ficará no campus do FEI de São Bernardo do Campo e contará com equipamentos da Ericsson e rede privativa 5G da Vivo, com a utilização da frequência de 3,5 GHz.
De acordo com a operadora, a frequência 5G é capaz de explorar a combinação de altíssima velocidade e latência próxima de zero, com maior confiabilidade e disponibilidade, além de conectar massivamente um número significativo de aparelhos.
Nas linhas de pesquisa e desenvolvimento, a ideia é direcionar os esforços para todos os setores industriais, com destaque às áreas de automação, logística e mobilidade urbana, além de setores que demandam uma comunicação massiva de dispositivos, como agronegócio, mineração e manufatura avançada.
“O projeto será a base para a construção de um ecossistema mais amplo, com soluções que contemplam as novas demandas industriais, potencializadas por IoT, inteligência artificial e robótica, com foco no aumento de eficiência e produtividade”, explica Diego Aguiar, head de inovação, IoT e big data da Vivo Empresas.
Além de oferecer a conectividade, a Vivo participará da criação de novas aplicações a partir da experiência em inovação aberta, com projetos já desenvolvidos com startups direcionadas ao desenvolvimento de novos serviços digitais à indústria.
Estudo aponta potencial do 5G
A FEI, que vem desenvolvendo projetos e pesquisas relacionados à indústria 4.0 e cidades inteligentes, será a plataforma para testes, treinamento e demonstrações de aplicações IoT industriais utilizando conectividade 5G, tanto para alunos como para a indústria.
Com o espaço tecnológico, os dispositivos em diferentes localizações no campus terão conectividade e os alunos da instituição poderão ampliar o desempenho de projetos com a rede 5G, com operações integradas e em tempo real.
“Ganham a FEI e os parceiros, pelo acesso e desenvolvimento de tecnologias de última geração, a indústria brasileira, pelo suporte à inovação, produtividade e competitividade, e os alunos, que estarão vivenciando a construção desses novos mercados e dinâmicas”, destaca Gustavo Donato, reitor da FEI.
Segundo o estudo 5G Business Potential, desenvolvido pela Ericsson, a fatia de receita em 2030 impulsionada pelo 5G representará R$ 7 bilhões para o setor da indústria 4.0, com aplicações em toda a cadeia de valor, dos insumos à comercialização e uso dos produtos.
“Estamos falando de um segmento que já conta com um alto nível de automatização, motivo pelo qual o avanço da tecnologia de aplicações em nuvem sobre o 5G permite que rapidamente novas arquiteturas inteligentes sejam implementadas”, ressalta Rogério Loripe, vice-presidente de negócios da Ericsson.
Em dezembro de 2020, a IBM, a Flex e o FIT, instituto de tecnologia da segunda empresa, também anunciaram um acordo de colaboração para lançar um centro voltado à tecnologia 5G, porém focado em formas de impulsionar tecnologias de nuvem híbrida aberta em redes móveis na América Latina.