A digitalização moderniza Porto do Açu, no Rio de Janeiro, único porto privado do Brasil e um dos maiores investimentos em infraestrutura no país. O local se prepara para iniciar sua jornada de crescimento digital através de uma parceria com diversas empresas.
A Radix, em colaboração com a HPC Hamburg Port Consulting, o Supply Chain & Logistics Technology Program – University of Houston, e a UTC Overseas, desenvolverá uma visão de 5 a 10 anos para a plataforma tecnológica do Porto e seu ecossistema, com foco na otimização das operações, captação de novos negócios alinhados tecnologicamente e estabelecimento de um plano de governança tecnológica e arquitetura de sistemas.
Para desenvolver o projeto, a Radix vem conduzindo análise completa da estrutura de ativos atual, com levantamento de tecnologias essenciais para a visão de futuro como um Porto Digital.
“A Radix já havia concluído alguns projetos de digitalização para outros portos, como o Porto CSN na cidade de Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro, e alguns portos da Vale. Verificamos que a digitalização das várias etapas do processo produtivo permite a análise das tendências de médio e longo prazo, com o objetivo de aumentar a disponibilidade e eficiência do porto. Isso leva a uma melhor tomada de decisão – com base em dados – reagindo mais rapidamente ao mercado e com uma movimentação de carga mais enxuta, confiável e econômica”, diz Luis Alfredo de Almeida Cruz, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Radix.
De acordo com Margaret Kidd, Diretora de Programa da Cadeia de Suprimentos e Logística da Universidade de Houston, além da digitalização, o ‘smart port’ atende às novas necessidades da indústria.
“Estamos buscando parcerias colaborativas para impulsionar a inovação e o crescimento e aplica a proposta de valor do ‘resultado financeiro triplo’, não apenas preparando uma ‘força de trabalho do futuro’, mas de forma mais importante, atraindo indústrias de conhecimento, como a de alta tecnologia”.
Ao fim da jornada de crescimento digital, o Porto do Açu espera gerar maior eficiência, redução no tempo de carga e descarga e conexão de todos os clusters e etapas de produção, como estatísticas de movimentação, disponibilidade, dados de segurança marítima, especificações do cliente e engajamento com todas as partes interessadas no ecossistema. O Masterplan Digital incluirá a proposta de digitalizar as diferentes etapas do processo logístico e atrair novos negócios para o porto produtivo.
“Não se trata de implementar todas as diferentes tecnologias disponíveis. É uma questão de selecionar as corretas que sustentam e agregam valor real ao seu negócio. A visibilidade de ponta a ponta da cadeia de suprimentos, incluindo a última milha, é um dos desafios. A disponibilidade de plataformas de software comuns para os agentes portuários compartilharem informações é outro desafio e faz toda a diferença”, comenta Pablo Bowen, Sócio Senior da HPC Hamburg Port Consulting, que tem 45 anos de experiência na indústria de logística e portos.