Criada em 2010, a Aegea é uma das empresas líderes no setor privado de saneamento básico no Brasil. A companhia está presente em 178 cidades de 13 estados, de norte a sul do Brasil, atendendo mais de 26 milhões de pessoas.
A companhia atua no gerenciamento de ativos de saneamento por meio de concessões comuns plenas ou parciais, subconcessões e parcerias público privadas (PPPs), como administradora de concessões públicas em todo processo do ciclo integral da água – abastecimento, coleta e tratamento de esgoto, de acordo com o perfil e necessidade de cada município.
Em 2021, ao conquistar a concessão dos serviços de esgotamento sanitário e abastecimento de água para 27 cidades fluminenses, em um leilão promovido pelo governo estadual, a Aegea se tornou a maior empresa privada de saneamento do Brasil, em termos de população atendida.
Com um acréscimo de 10 milhões de pessoas residentes nos municípios arrematados na concorrência pública, atingiu a marca de 21 milhões de habitantes atendidos por suas ações em todo o país, tornando o estado do Rio de Janeiro se tornou a maior e mais complexa operação da companhia.
Águas do Rio: um novo começo para o saneamento
Com tamanha responsabilidade, uma mudança era necessária. Por isso, a empresa criou a Águas do Rio, concessionária da Aegea, que se tornou responsável pelo abastecimento de água e esgotamento sanitário.
As sete áreas de negócio que compõem a Águas do Rio estão empenhadas em desenvolver ações que permitam aumentar o parque de segurança patrimonial das unidades operacionais, almoxarifes, lojas de atendimentos, dentre outros departamentos da empresa, visando aumento da segurança, contingência e rastreabilidade sistêmica, tudo atrelado à tecnologia.
Na Águas do Rio surgiu um novo conceito de monitoramento e controle das operações da concessionária para saneamento, no qual a tecnologia é um aspecto de fundamental importância.
O tradicional modelo de Centro de Controle Operacional (CCO) – que contava com um telão padrão, formado por 16 monitores em LED aparentava desvantagens, como alto consumo de energia e dissipação de calor no ambiente.
Atualmente, o Centro de Operações Integradas (COI) reúne no mesmo local áreas distintas como a responsável pela emissão das ordens de serviço, comunicação, processos, TI, eficiência energética, modelagem e perdas, entre outras.
Essa estrutura demanda muita tecnologia e uma das prioridades foi a instalação de um telão capaz de apresentar, de forma organizada, os diversos sistemas monitorados se fez necessário.
“Com base nestas premissas, optamos por um painel em LED de última geração, tornando uma referência internacional. Com 19 metros de extensão por 2,70 metros de altura essa instalação consome menos energia que as telas convencionais, em alinhamento com as políticas ESG”, explica o diretor executivo da AEGEA, Luiz Carlos Costa Couto.
Para montar o projeto do telão, a Hikvision forneceu os monitores DS-D4415FI-CWF, painel de LED P1.5 com 19.8m x 2.7, além de quase mil câmeras para monitoramento de perímetro e análise comportamental funcionando na plataforma de software Hikcentral.
“As imagens das câmeras chegam até os monitores através do VideoWall controller C30s, que utiliza o software Hikcentral para gerir toda a solução. Para nós, trabalhar no projeto da Aegea foi desafiador por se tratar do primeiro projeto de LED para central de controle do Brasil e o maior da América Latina, mas também uma experiência única que proporcionou diversas oportunidades no mercado privado e publico”, conta João Ortiz, Business Development Manager da Hikvision Brasil.
Parceria forte e visão estratégica de saneamento
A escolha por um novo equipamento foi tão cuidadosa quanto a opção pela empresa integradora que faria a instalação do sistema de monitoramento dos ambientes.
Para isso, foi designada uma equipe técnica de engenheiros foi designada para buscar no mercado a tecnologia correta, capaz de atender às expectativas e necessidades da Águas do Rio.
Para realizar o trabalho de instalação, foi designada a integradora Smart Vision IT, que possui grande experiência em projetos técnicos em todo o país. Outro parceiro comercial importante foi a FT Distribuidor. O trabalho em equipe das duas empresas foi essencial para auxiliar o cliente na escolha composição dos produtos que atenderiam a necessidade do cliente final e ainda sim ter um preço mais competitivo em relação aos outros players.
A FT Distribuidor gerenciou toda a estratégia comercial e negociação entre o integrador e o fabricante, além de cuidar do processo de importação e logística de forma extremamente eficaz.
“A companhia que possui grande know- how técnico e comercial. A escolha dos produtos corretos e gestão eficiente da parte operacional no que se refere à importação e logística foram peças chaves para posicionar a Hikvision e Smart Vision IT em uma concorrência tão acirrada quanto foi com a AGEA”, ressalta Higor Barreiros, diretor comercial da FT.
Para Luiz Carlos Costa Couto, o resultado final para o projeto foi muito satisfatório.
“A Smart Vision e a FT Distribuidor mostraram postura de trabalhar em parceria, buscando soluções para as nossas necessidades. Além disso, as equipes têm grande qualificação técnica para a atividade. Esse foi o grande diferencial que nos fez optar pela companhia”.
Projeto de tecnologia desafiador
A participação no case da AEGEA foi uma oportunidade construída com cuidado e profissionalismo pela filial da Smart Vision IT no Rio de Janeiro.
“A nossa filial carioca realizou um trabalho de excelência, em conjunto com a equipe de áudio e vídeo da Hikvision”, destaca Paulo Ramos, diretor executivo da Smart Vision IT.
Não é para menos: o videowall presente no Centro de Comando e Controle da Aegea tem 19 metros de largura por 2,70 de altura e para construí-lo do zero foram importados 3 toneladas de equipamentos, que ao chegarem ao Brasil tiveram que ser conferidos e testados. Depois disso, as telas foram colocadas no suporte, de forma milimetricamente medida. É um trabalho manual e artesanal.
Depois disso, foi feita a parte de cabeamento, interligações, acabamento e interligações. Por último veio a instalação do sistema que vai rodar e gerenciar as imagens.
“É uma mistura de conhecimento técnico de TI, de certificações da Hikvision e de vídeo. O segredo é contar com uma equipe especializada e homogênea, funcionários com alto nível de conhecimento e execução. É um projeto que exige domínio de diversas disciplinas”, ressalta o integrador.
De acordo com o especialista, outra questão importante no projeto é manter a energização do videowall, já que os equipamentos precisam estar em um ambiente com energia estabilizada. Para isso, a Smart Vision desenvolveu um projeto que integrou ao sistema de videowall dois no-breaks de 40 kVA da APC trabalhando em paralelo.
“O desafio nesse caso é manter a energia estabilizada e garantir a energização permanente, pois o videowall é fundamental para a operação dentro do COI. Lá dentro estão mais de 100 pessoas trabalhando 24 horas por dia, sete dias por semana. Ou seja, não pode haver interrupções”.
Esse equipamento gigantesco recebe as imagens das câmeras patrimoniais, mapas de indicadores de alagamento, vazamento, sistema para monitoramento.
“As principais atividades ligadas à água e esgoto nos municípios comandados pela Aegea. Por isso, todas as ocorrências passam por esse sistema, que é controlado pelo software Hikcentral Professional. Esse é o maior projeto com painéis de LED Fine Pitch 1.5 da Hikvision na América Latina”, conta.
O videowall da Aegea é comandado pelo software HikCentral Professional, um sistema de segurança unificado que aprimora as operações de gerenciamento
O software fornece aplicativos conectados e interativos para aprimorar a eficiência operacional, por exemplo, um alarme de invasão e controle de acesso com verificação por vídeo ou controle de visitantes com pré-registro de veículos e muitas outras funções.
“Todas as principais necessidades de segurança são atendidas através de nove módulos de segurança central, incluindo vídeo, controle de acesso, visitante, tempo e presença, veículo, detecção de alarme, análise inteligente, sinalização digital e manutenção”, enumera Paulo.
24 horas no Centro de Operações Integradas da AEGEA
Quem entra ali não tem como não se impressionar com a enorme tela e as centenas de funcionários que acompanham tudo o que acontece dentro da Aegea.
No telão são mostradas as plataformas de gestão para saneamento – desde sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, a execução de serviços em campo e o monitoramento da frota da companhia. Além disso, painéis BI (Business Intelligence), modelagem hidráulica e gestão de ativos estão sob controle ininterrupto desses funcionários.
Outro grupo acompanha as imagens das câmeras para detecção de movimentos estranhos, que estão estrategicamente instaladas em almoxarifes, lojas operacionais e unidades operacionais.
A Aegea funciona com equipes formadas por colaboradores divididos em níveis hierárquicos. Em um primeiro plano, estão os controladores, um para cada área de negócio, responsáveis pela superintendência. Esse profissional acompanha a rotina operacional da região sob sua responsabilidade e, também, os eventos considerados anomalias, que são os não previstos, como vazamentos na rede de distribuição, falha eletromecânica de equipamentos, entre outros serviços.
“Além de monitorar os sistemas, eles também operam unidades que já possuem automação, e estão em contato contínuo com as equipes de campo. Os controladores do COI estão sob a gestão da supervisão do setor, que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana”, explica Luiz Carlos Costa Couto.
Por trás dessa operação estão os engenheiros especialistas, também distribuídos de forma individual para cada superintendência. Eles são responsáveis por produzir estudos de caso e desenvolver projetos de melhorias dentro da concessionária, entre outras ações. Estes três grupos de colaboradores respondem aos coordenadores e gerentes de operações da unidade, que possui uma diretoria executiva.
O Centro de Operações Integradas também possui em sua estrutura uma Central de Despachos, que é a área responsável pela programação de serviços pertinentes a saneamento, sejam eles de natureza operacional ou comercial, como vistorias, instalação de HD, reparos de vazamentos, entre outros serviços.
“Utilizamos uma plataforma de controle que programa e roteiriza as atividades automaticamente, utilizando inteligência artificial e informações em tempo real. Nenhum trabalho prestado em campo por equipe da Águas do Rio ocorre sem que uma ordem de serviço eletrônica seja gerada. Isto garante maior eficiência e acompanhamento da execução”.
Além desses setores, o COI tem colaboradores dedicados a diversas áreas para garantir a qualidade do saneamento. São profissionais dedicados a gestão d’água, modelagem e perdas, planejamento e controle, comunicação, segurança e frota, eficiência energética, desenvolvimento, processos e riscos e tecnologia da informação, todas elas supervisionadas pelo diretor executivo. Tudo isso integrado reforça como deve ser um projeto de sucesso.