Como fortalecer aprendizado em IA. Esse foi o tema de maior interesse dos brasileiros, segundo o estudo anual Workmonitor, realizado pela consultoria Randstad.
Para a edição de 2024, foram entrevistados mais de 27 mil profissionais em 34 países diferentes e o resultado deixou claro que a Inteligência Artificial é o principal tema de interesse na aprendizagem para 45% dos brasileiros, superando a média global de 29%, o que reafirma o interesse local e a fama de brasileiros de serem early adopters, principalmente em tecnologia.
De acordo com Lucas Crepaldi – Head de Marketing da Randstad Brasil, diante da popularização de inovações, como a IA, que já começou a transformar diretamente a forma como trabalhamos, as oportunidades de desenvolvimento de habilidades se tornaram inegociáveis para os talentos – cada vez mais interessados em aprender e potencializar suas capacidades.
“A pesquisa Workmonitor mostra que cerca de 60% das empresas brasileiras já estão auxiliando ativamente seus colaboradores no desenvolvimento de habilidades necessárias para suas carreiras, incluindo IA, assim como 52% observados globalmente. Essa tendência reflete a conscientização das empresas sobre a importância crucial de se preparar para o que está por vir, garantindo não apenas a sustentabilidade de suas operações, mas também o desenvolvimento contínuo de uma força de trabalho resiliente e adaptável no futuro”, diz.
Aprendizado de IA está ligado a sucesso profissional
No quesito motivacional, 56% dos entrevistados declaram ter ambição em relação às suas carreiras, destacando-se a Geração Z globalmente (38%) e os Millennials no Brasil (40%). Quase 61% dos profissionais brasileiros expressam o desejo de assumir mais responsabilidades gerenciais (em comparação com 47% a nível global). Contudo, os dados indicam que o significado de ambição transcende a ascensão na escalada profissional, e a motivação dos talentos nem sempre está vinculada a promoções formais, como aproximadamente um terço (30%) dos brasileiros que revelou não buscar ativamente uma progressão na carreira, expressando contentamento com sua posição atual – índice inferior à média global, que é de 39%.
“Essa dinâmica evidencia que, para uma parcela significativa, a ambição vai além dos típicos avanços hierárquicos, variando também conforme as aspirações individuais, com uma grande parte menos interessada na progressão na carreira e, muitas vezes, mais preocupada com a satisfação no trabalho ou na vida pessoal”.
Em todo o mundo, 60% das pessoas afirmaram que suas vidas pessoais são mais importantes do que as profissionais, enquanto no Brasil há uma redução para 50%.
“Esses dados apontam para uma conscientização crescente sobre a importância de harmonizar esses aspectos no dia a dia, e que as empresas devem procurar garantir esse equilíbrio de forma estável. As organizações que reconhecerem e apoiarem seus colaboradores de acordo com seus interesses, terão mais chances de atrair e reter profissionais motivados e engajados”, conclui Lucas.
O estudo da Randstad ainda revela outras mudanças de paradigmas em relação aos anos anteriores. Apesar de a busca pelo equilíbrio entre vida pessoal e profissional continuar unânime, quase metade dos profissionais em todo o mundo (45%) e no Brasil (47%) estão preocupados em perder seus empregos neste ano, o que os motiva a ter mais cautela em suas decisões. Para ter acesso ao estudo completo, clique aqui.