A Huawei promoveu, no final de novembro, a última etapa da competição tecnológica Huawei Developer Competition LATAM, que aconteceu na Cidade do México e contou com a participação de mais de 400 estudantes de graduação e pós-graduação da Argentina, Brasil, Equador, Colômbia, México e Peru.
O projeto vencedor foi o da equipe brasileira, formada por quatro jovens estudantes da Poli/USP: Jungeui Choi, Lucas Cremaschi, Felipe Souza e Pedro Antunes, estudantes de Engenharia Naval da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
A projeto consistia em um robô capaz de avaliar o mercado de ações com base em notícias. Os alunos desenvolveram um mecanismo que interpreta as manchetes de uma API, classifica o tom dessas manchetes entre positivo e negativo e prevê a movimentação de determinada ação no mercado. O robô pode avaliar diferentes ações ao mesmo tempo. No futuro, os estudantes pretendem utilizar as informações do dia anterior para aumentar a acurácia do modelo e incorporar novos tipos de análises.
Cloud Computing e Inteligência Artificial
As equipes participantes do Huawei Developer Competition LATAM puderam optar por desenvolver suas aplicações em quatro categorias: PaaS, Banco de Dados, Enterprise Intelligence e Inteligência Artificial. O projeto da equipe brasileira superou outros 108, todos baseados nas soluções da Huawei Cloud.
A competição tecnológica teve três etapas. Na primeira, todos os participantes enviaram descritivos detalhados do escopo. Apenas 15 equipes seguiram para a fase seguinte, a Hacking Week, uma semana de imersão e mentoria com especialistas da Huawei sobre questões técnicas e comerciais.
Na final, as equipes selecionadas apresentaram seus projetos para os jurados, um time de especialistas liderados por Ma Wei, diretor de Marketing da Huawei Cloud LATAM, que anunciou prêmios de até 15 mil dólares aos vencedores.
Segundo Jungeui Choi, um dos integrantes da equipe brasileira, os principais diferenciais foram a comunicação, as longas horas de prática, a confiança e a nossa ideia inovadora, que impressionou os juízes. O estudante destacou que o processo de brainstorming foi fundamental para a criação de diferentes ideias até chegar a um projeto possível de ser implementado, e teve como diferencial apresentar uma solução para um problema real das pessoas, voltada para a área de investimentos.
“O Brasil tem investido em formação de base de qualidade, garantindo o aprendizado em exatas e a introdução às experiências digitais, como o pensamento computacional e a robótica. Iniciativas do setor privado como essa da Huawei são essenciais para a formação dos estudantes que irão atuar no mercado de trabalho, principalmente na área de TIC, muito demandada atualmente”, comentou André Castro, subsecretário de TIC do Ministério da Educação.