Entre os dias 5 e 6 de setembro, acontece dentro da Campus Party Nordeste, a segunda edição do Fórum Internacional do Marco Regulatório de Inteligência Artificial. Durante as discussões, serão ouvidos especialistas de diversos setores, incluindo academia, indústria, governo e sociedade civil falando de temas como ética da IA, segurança de dados e impacto social e econômico.
A jornalista espanhola especializada em ciência, tecnologia e inovação, Esther Paniagua, e o apresentador a Marcelo Tas são as atrações do evento, que contará ainda com a presença da Ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, do cofundador e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio), Sérgio Branco, do fundador do Cappa Institute, Ricardo Cappra, entre outros.
As palestras serão abertas ao público e ocorrerão nos palcos da Campus Party. Também haverá painéis temáticos e workshops com ferramentas e conhecimentos para a implementação responsável da IA em diferentes áreas. Entre os temas dos painéis estão “Propriedade Intelectual e Direitos Autorais na Era da Inteligência Artificial”, a “Indústria da IA e a ética” e “Combate às Fake News nas Eleições”.
A escolha da Campus Party como palco para esta discussão é estratégica. Para o presidente de honra do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, o comprometimento em liderar este diálogo global sobre o futuro da IA está na base do desenvolvimento ético e conjunto dessa tecnologia.
“O fórum é uma oportunidade para que a sociedade civil possa debater a importância e as regras do uso da IA no nosso cotidiano, assim como fizemos no passado com o Marco Civil da Internet, a Campus Party tem o poder de contribuir de maneira sólida e ética no desenvolvimento dessa tecnologia, ajudando a definir os rumos da IA de maneira positiva para todas as pessoas”, explica.
A edição de São Paulo da ‘Sala do Futuro da IA’ superou todas as expectativas, com um número expressivo de inscritos nos workshops e um engajamento surpreendente do público nos debates e atividades. Agora, estou muito feliz que estamos levando essa experiência para a Campus Party Nordeste, em Recife, com o objetivo de promover um movimento ainda mais democrático em relação às regras que vão nortear o futuro da IA no Brasil.
“Por meio de debates públicos com representantes relevantes da sociedade, aliamos metodologia e tecnologia para elaborar um manifesto baseado em evidências, que sirva de suporte para a inteligência artificial que queremos para o país”, complementa Ricardo Cappra, fundador do Instituto Cappra.
Ronaldo Lemos, cientista-chefe do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio) complementa que a Campus Party Brasil mostra novamente nesta edição sua vocação para construir caminhos e oportunidades relacionados à tecnologia.
“A Campus é um dos encontros de maior vitalidade no Brasil, que olha para o potencial do nosso país com otimismo e mão na massa. Ao promover um amplo espaço para o debate de questões como a lei de inteligência artificial, abre a possibilidade para a participação de toda a população em um tema tão importante da atualidade e do nosso futuro”.
A primeira edição do Fórum Internacional do Marco Regulatório de Inteligência Artificial ocorreu na Campus Party Brasil, em São Paulo. As próximas serão realizadas ao longo de três anos, em 10 estados diferentes. Este ano, o Fórum acontecerá ainda em Manaus e Goiás.
Para mais informações sobre a programação, consulte o site da Campus Party.
Marco Regulatório dos Direitos Civis da Internet foi discutido na Campus Party
Entre os anos de 2010 e 2014, a Campus Party também foi palco das discussões sobre o Marco Regulatório dos Direitos Civis da Internet. Com as ações debatidas, o Brasil se tornou o primeiro país no mundo a ter uma regulamentação direcionada ao uso da internet, sendo uma referência para muitos países da Europa e América Latina.
“No início da década passada, trouxemos para dentro da Campus Party o debate sobre o Marco Regulatório dos Direitos Civis da Internet. Ele foi o primeiro passo para tornar o Brasil uma referência no tema. Agora, queremos fazer o mesmo com a regulamentação da Inteligência Artificial”, finaliza Farruggia.
