Em um cenário corporativo cada vez mais digital, empreendedores enfrentam desafios crescentes relacionados à segurança cibernética, onde golpes e fraudes são comuns.
No entanto, é importante compreender as diferenças entre os dois termos para que as organizações implementem estratégias eficazes de proteção.
Os golpes envolvem a manipulação direta da vítima, em que o golpista leva ela a tomar ações prejudiciais, como transferir dinheiro ou fornecer informações confidenciais para terceiros. As fraudes, por outro lado, caracterizam-se pelo uso não autorizado de dados ou sistemas, geralmente sem o conhecimento da vítima, resultando em prejuízos financeiros ou de reputação.
De acordo com um levantamento feito pela Serasa Experian em 2025, 51% dos entrevistados já foram vítimas de fraudes, e têm conhecidos que também sofreram o mesmo. Segundo a empresa, em janeiro de 2025, o Brasil registrou 1,242 milhão de tentativas de fraude, um aumento de 41,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que equivale a uma tentativa de fraude a cada 2,2 segundos.
De acordo com Theo Brazil, Diretor de Operações na Asper, conhecer de forma clara as diferenças entre golpes e fraudes, aliada à cultura de implementação de medidas preventivas nas organizações, é crucial para a proteção dos negócios no ambiente digital atual.
“Em um cenário de ascensão dos ataques digitais, com a sofisticação crescente dessas ameaças e a ampliação do uso da Inteligência Artificial, é necessário estar atento e ter uma proatividade constante contra as ameaças cibernéticas”, comenta o executivo da Asper.
Brazil destacou a importância de uma abordagem proativa para mitigar os riscos no ambiente online. E, nesse sentido, a segurança cibernética não pode ser encarada como um custo, mas sim como um investimento estratégico na continuidade e na reputação dos negócios.
Sob o seu ponto de vista, um trabalho constante de Educação e conscientização é fundamental nesse setor.
“Promover treinamentos regulares que abordem a cultura organizacional é vital para conscientizar as equipes sobre os perigos digitais e como identificar ameaças. É crucial que os funcionários entendam a distinção entre fraude e golpe, estando assim mais alertas a diferentes tipos de ataques”, explicou.
Por outro lado, o investimento em tecnologia deve ser constante, aliado à implementação de ferramentas de segurança de ponta.
“Esse é um ponto essencial. Sistemas robustos como firewalls, antivírus sempre atualizados e a autenticação multifator oferecem uma camada de proteção significativa contra acessos não autorizados e softwares maliciosos”, ressaltou o executivo.
O diretor de Operações na Asper destacou também a importância de estabelecer diretrizes bem definidas sobre o uso de dispositivos corporativos e pessoais, acesso a informações sensíveis e procedimentos a serem seguidos em caso de incidentes é indispensável.
“Políticas claras servem como um guia para o comportamento seguro dentro da organização, minimizando brechas e facilitando a resposta em situações críticas”, pontuou Brazil.
Por fim, ressaltou que a vigilância constante das atividades da rede e dos sistemas é uma prática que pode fazer a diferença na detecção precoce de problemas.
“Incentivar os funcionários a acompanhar regularmente as atividades da empresa para identificar qualquer comportamento suspeito ou anomalia pode ser crucial para uma resposta rápida e eficaz”, concluiu.