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COP Internacional discute criminalidade e expansão das facções

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O tema criminalidade e a expansão das facções também terão destaque durante a COP Internacional, que acontece entre 25 e 28 de outubro, em São Paulo.

Um dos debates do evento será sobre a atuação do crime organizado, representado pelo Primeiro Comando Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), no qual os palestrantes apresentarão uma perspectiva sobre crimes transnacionais e as respostas da polícia para a criminalidade organizada.

A palestra de Christian Vianna de Azevedo, atual Subsecretário de Integração e Segurança Pública de Minas Gerais terá como tema os crimes transnacionais, com ênfase na expansão do PCC e principais aspectos do tráfico de drogas e armas no país. A questão da criminalidade organizada no Rio de Janeiro e as respostas de enfrentamento da Polícia e do Estado serão abordados por Alexandre Abrahão, Juiz de Direito titular da 3ª Vara Especializada em Crime Organizado no RJ. O evento está agendado para os dias 16 a 18 de outubro, em São Paulo.

“O PCC viu no tráfico transnacional de cocaína uma fonte muito lucrativa e a sua expansão internacional incluiu a parceria com terroristas e facções de países como a Venezuela, Colômbia, Nigéria e países da Europa, estabelecendo rotas para exportar a droga para a Europa via África Ocidental. Hoje, a integração também é ativa com carteis mexicanos, máfia italiana e outras facções globais”, afirma o subsecretário.

 

Christian Viana será um dos palestrantes do COP

Diferente do PCC, o Comando Vermelho sempre teve uma caráter bélico, com armas e lutas por território, competindo com outros grupos criminosos cariocas, como o 3º Comando e ADA (Amigos dos Amigos). Nos anos 2000 o grupo perdeu força com investidas da Segurança Pública para preparar o Rio de Janeiro para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

A criminalidade e a ação das facções estarão no centro dos debates durante a edição deste ano da COP Internacional, que acontece em São Paulo.

O Juiz Alexandre Abrahão destaca que, após a morte da vereadora Marielle Franco, em 2018, o Comando Vermelho deixou de ser o inimigo público número um, posto assumido pelas milícias, o que permitiu que a facção de traficantes reassumisse o território da capital carioca.

“Atualmente o CV domina 80% das cerca de 1400 comunidades do Rio de Janeiro, o que representa uma reversão forte do quadro”, explica Abrahão.

João Sansone, especialista em segurança pública, idealizador e responsável pela organização do COP 2024, enfatiza a importância de trazer ao debate a complexidade do combate ao crime organizado no Brasil.

“Tratar a criminalidade no país não é uma responsabilidade apenas da polícia, mas deve ser feito através de um esforço combinado entre as Polícias, Ministério Público, Judiciário e também do setor privado, legitimando a presença do Estado e oferecendo estrutura para reduzir a influência das facções no dia-a-dia da população”, argumenta Sansone.

 

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Eduardo Boni Pontes

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