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COVID-19: O desafio da retomada econômica

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O novo coronavírus se espalhou rapidamente pelo mundo, surpreendendo desde a Organização Mundial da Saúde (OMS) aos mais céticos com mais de 4 milhões de contaminados. Na metade de maio, enquanto alguns países ainda aguardam por dias piores, outros dão início ao processo de flexibilização da quarentena.

Após, aparentemente, atingirem o pico da pandemia, estas nações têm atuado com rígidos controles e muita cautela, fugindo de uma nova onda de contaminação. Repetir a quarentena colocaria de joelhos até as nações mais prósperas.

O Ministério da Economia reviu as suas projeções para a economia brasileira, considerando um cenário mais sombrio e a extensão da quarentena até meados de junho. Existe a expectativa de uma disparada do desemprego no curto prazo e uma onda de falências, corroendo a capacidade de crescimento no longo prazo – o PIB potencial. Pior que isto: A economia só deve retornar aos níveis pré-crise em 2022.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o secretário de Política Econômica Adolfo Sachsida alertou que cada semana a mais de quarentena representa uma perda de até R$ 20 bilhões – ou 0,35% do PIB. Após mais de 50 dias de distanciamento social, empresários de todos os segmentos estão apreensivos e ansiosos pela retomada das atividades – e com razão. Entretanto, talvez não esteja claro para muitas pessoas que esta volta às atividades não significa o restabelecimento dos padrões “normais”.

A OMS alerta que o desenvolvimento de uma vacina não implica no fim da pandemia da COVID-19, demandando mais alguns anos de investimentos massivos em saúde e estímulos à economia, como já ocorreu com surtos de outras doenças.

Neste cenário, as pessoas terão que conviver com a doença, adotando uma série de cuidados. O impacto deste fato somado aos efeitos gerados pela crise está sendo chamado por muitos de o “novo normal”.

No “novo normal”, estabelecimentos lotados e ruas abarrotadas serão evitados, desafiando o comércio popular. Grandes concentrações de pessoas em lugares fechados, como espetáculos, congressos e shoppings, também não poderão ocorrer. Bares e restaurantes também reorganizarão a sua forma de atendimento.

O cenário pós-pandemia demandará grande capacidade de adaptação dos empresários, que irão se deparar com consumidores com renda e nível de confiança reduzidos. Os empresários deverão reinventar os seus negócios, assim como investir na transformação digital e em novas formas de atingir seu público para garantir a continuidade dos seus negócios.

 

Crédito de imagem: Saúde vetor criado por freepik – br.freepik.com

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Fernando Gaio

Jornalista especializado em TI, Segurança e Mídia. Contribui regularmente na Security Business.

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