A Dinamarca adotará um sistema de reconhecimento facial para apoiar investigações de crimes graves, como homicídios e agressões. A decisão, apoiada por uma coalizão de partidos, visa enfrentar o aumento de violência ligado a quadrilhas e crimes praticados por estrangeiros, incluindo jovens suecos recrutados para atividades ilícitas no país.
Com essa tecnologia, a polícia poderá analisar grandes quantidades de vídeo, acelerando investigações. O uso do reconhecimento facial, porém, será restrito a casos graves e não incluirá monitoramento em tempo real.
Para o governo do país, a ferramenta aprimora a qualidade das investigações e economiza tempo, essencial em casos de maior complexidade. Além disso, a polícia ampliará sua capacidade de investigação sobre crimes envolvendo comunicações criptografadas, comum no crime organizado.
Reconhecimento facial e privacidade
A decisão enfrenta críticas sobre privacidade e direitos individuais. O partido SF, que apoia a medida, exigiu monitoramento rigoroso e avaliação após um período de teste, quanto o Instituto Dinamarquês de Direitos Humanos recomendou adiar o uso até que os impactos sejam analisados, para garantir uso responsável e proporcional da tecnologia.
Reconhecimento facial na polícia de Nova York
A Polícia de Nova York (NYPD) usa o reconhecimento facial desde 2011 para comparar imagens de cenas de crimes com fotos de prisão. Nenhuma prisão pode ser baseada apenas na tecnologia e uma análise humana sempre deve ser usada para confirmar a identidade do suspeito. Investigadores da Seção de Identificação Facial avaliam a confiabilidade das correspondências antes de prosseguir.
Reconhecimento facial e viés racial
Estudos indicam que softwares de reconhecimento facial podem apresentar menor precisão para grupos minoritários em comparação a homens brancos. Entretanto, a precisão tem melhorado. Na NYPD, as correspondências são revisadas por vários analistas para reduzir o risco de erros.