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Forças Armadas realizam exercício de defesa cibernética

Este é o maior e mais complexo exercício internacional de defesa cibernética de dupla ação (ataque contra defesa) do mundo.

O Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira participaram pela segunda vez do maior e mais complexo exercício internacional de defesa cibernética de dupla ação (ataque contra defesa) do mundo, o Locked Shields. O encerramento da participação brasileira na atividade foi realizado no Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), localizado no Forte Marechal Rondon, em Brasília.

Organizado pelo Centro de Excelência em Defesa Cibernética Cooperativo (CCDCOE), órgão ligado à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o exercício foi realizado de forma remota e reuniu mais de 2 mil especialistas em cibernética de 32 países. Único representante da América Latina, o Brasil integrou o apoio técnico da equipe de Portugal. Os dois países interagiram por videoconferência em tempo real.

Essa participação do Brasil foi diferenciada em relação à última participação em 2019. No exercício de 2021, o Brasil foi convidado a compor sua própria equipe estratégica, que reuniu especialistas em cibernética das três Forças e representantes de agências governamentais e organizações ligadas à infraestrutura relacionada ao exercício. Integraram a atividade o ComDCiber, o Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx), o Comando de Operações Aeroespaciais da Força Aérea, o Gabinete de Segurança Institucional, o Ministério da Defesa, o Ministério das Relações Exteriores, a Agência Nacional de Águas (ANA) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Chefe do Comando de Operações Terrestres, o General de Exército José Luiz Dias Freitas ressaltou a integração que marcou o exercício. “Todos os interessados, sejam organismos estatais ou privados, necessitam de defesa cibernética. É importante que possamos integrar e potencializar o desenvolvimento da doutrina e o planejamento em possíveis situações de crise. O exercício é o momento ideal de praticarmos e desenvolvermos nossa doutrina”.

 

Locked Shields

Com duração de um ano, o exercício se baseou em um conflito simulado entre dois países fictícios. As situações propostas trouxeram à tona diversas possibilidades da realidade atual, como as ameaças das deepfakes, a instabilidade do sistema financeiro e mudanças causadas pela crise da covid-19, como os crescimentos da automação e do trabalho remoto. Ao longo de todo o exercício, 5 mil sistemas virtuais foram alvejados por mais de 4 mil ataques cibernéticos. Além de defenderem os sistemas, os participantes tiveram de lidar com simulações de problemas legais e midiáticos.

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Aurélio Abujamra

Jornalista no portal Security Business

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