A cidade de Hong Kong, conhecida mundialmente por sua segurança, está se preparando para receber milhares de novas câmeras de segurança equipadas com tecnologia de reconhecimento facial e inteligência artificial. A justificativa do governo é que essas câmeras ajudarão a prevenir crimes e identificar criminosos. No entanto, muitos residentes e críticos do governo chinês temem que o sistema seja usado para vigiar a população e silenciar dissidentes.
O governo de Hong Kong anunciou em julho que planeja instalar 2.000 conjuntos de câmeras de segurança até o final de 2024, com planos de aumentar esse número em 2.000 a 2.500 câmeras a cada ano subsequente. As imagens capturadas serão armazenadas por um período de 30 dias.
A cidade, devolvida à China pelo Reino Unido em 1997, tem gozado de autonomia política sob o princípio de “um país, dois sistemas”. No entanto, nos últimos anos, o governo chinês tem intensificado seu controle sobre Hong Kong, levando a protestos e críticas internacionais.
Atualmente, Hong Kong possui mais de 54.000 câmeras de segurança públicas, equivalendo a cerca de sete câmeras por mil habitantes. Essa quantidade coloca Hong Kong em uma posição intermediária em comparação com outras cidades, como Nova York e Londres. No entanto, fica muito atrás das cidades chinesas, que possuem uma média de 440 câmeras por mil habitantes.