A inclusão racial está em pauta na edição deste ano ISC Brasil 2022. Entre outros temas, a questão dos problemas raciais estará em destaque no seminário “Segurança Privada Legal e Antirracista”, que acontece na manhã do dia 22.
O encontro é organizado pela Universidade Zumbi dos Palmares, FENAVIST, ABCFAV e ISC Brasil. O objetivo é reunir entidades da justiça, do campo de atuação profissional da segurança privada e especialistas na área para apresentar estratégias da segurança a favor da legalidade e contra o racismo.
Cenário requer uma discussão mais séria
Em nosso país, atuam mais de 600 mil vigilantes devidamente cadastrados junto à Polícia Federal e com treinamentos válidos. Esses profissionais, muitos deles armados, atuam diuturnamente nos mais variados mercados: indústria, comércio, órgãos governamentais, residências e condomínios, transporte de valores, escolta de cargas, segurança pessoal privada. Estão em contato direto com milhões de pessoas, muitas delas usuárias finais dos serviços de segurança.
Por isso, a ausência de ocorrências negativas que envolvam os vigilantes já é por si só a comprovação de que os serviços prestados são bem executados. Quando há problema, é só investigar mais a fundo para concluir que a ocorrência envolve algum prestador de serviço não formado pelas Academias de Formação e Reciclagem de Vigilantes, únicas capazes de preparar os profissionais para toda a variada gama de obstáculos a serem vencidos na profissão.
O debate sobre inclusão racial visa o combate ao racismo estrutural. Para fazer isso no âmbito da Segurança Privada, uma das iniciativas da ABCFAV foi reunir a Universidade Zumbi dos Palmares, responsável pelo Movimento AR, uma mobilização com o propósito de realizar transformações sociais através de ações efetivas contra a violação de direitos humanos.
“A ABCFAV assumiu o compromisso de disseminar o combate ao racismo, seja ele estrutural ou discriminatório pelos profissionais da segurança privada legal. Trata-se de planejar e desenhar uma segurança moderna, de atuação empresarial, comprometida com o respeito aos Direitos Humanos e Direitos Fundamentais. Profissionais de entidades proeminentes da segurança e da justiça apresentam ideias e indicadores importantes para se pensar a segurança legal e antirracista do futuro no Brasil”, define Ricardo Tadeu Corrêa, Presidente da ABCFAV (Associação Brasileira dos Cursos de Formação e Aperfeiçoamento de Vigilantes) e idealizador do evento.