A Ingram Micro terá novo comando no Brasil: o executivo Flávio Moraes Junior, diretor de desenvolvimento de negócios digitais da companhia, vai assumir a subsidiária brasileira da gigante mundial de distribuição no dia 1º de maio.
O background do executivo é forte em computação na nuvem, tema que ele já vinha liderando na Ingram e é um desafio para as distribuidoras de tecnologia.
Sob a liderança de Moraes, a Ingram criou um marketplace próprio de software como serviço, que fechou a venda do “seat” número 2 milhões no começo do ano.
O executivo foi contratado há três anos, vindo da Claro, onde era diretor do negócio de cloud e soluções digitais. Antes disso, ele também foi gerente geral de produtos cloud, TI, segurança e MSS na Embratel, onde passou 13 anos.
Flavio Moraes assume no lugar de Luis Lourenço, executivo de carreira da Ingram que agora está de partida para Singapura, onde vai assumir a operação da empresa no sudoeste asiático.
“O meu objetivo é dar sequência à estratégia vencedora de uma cultura organizacional forte e pautada nas pessoas, com um time unido e que preza pelo trabalho humanizado. Isso me ajudará na jornada de aceleração do crescimento da empresa e a mantê-la na liderança do mercado de distribuição nacional”, diz Moraes.
Disputa pela liderança
Não existem levantamentos sobre o tema, mas a Ingram, presente no Brasil desde 1997, é hoje muito provavelmente a maior do setor de distribuição no país, com 600 funcionários, escritórios físicos em seis cidades no Brasil, além de outros 6 escritórios remotos.
A Ingram também comprou em 2015 o Grupo Ação, uma das maiores empresas brasileiras do segmento de distribuição de TI, que no ano anterior tinha faturado R$ 1,2 bilhão.
Por outro lado, quando o executivo fala em manter a Ingram Micro na liderança, o desafio não é pequeno, sobretudo com a fusão da Synnex e a Tech Data, duas das maiores empresas do setor de distribuição do mundo, ocorrida no final de março.
A HNA, conglomerado chinês que comprou a Ingram Micro em 2016, passou a gigante americana distribuição adiante para o fundo americano Platinum Equity por US$ 7,2 bilhões no final do ano passado.