A Fábrica de Cultura Sapopemba, na Zona Leste da capital, usa Inteligência Artificial para ajudar deficientes visuais. Este é um dos locais que oferece o leitor digital OrCam MyEye, da OrCam. A tecnologia estará presente nas Unidades de Formação da cidade.
Os dispositivos são projetados para atender as necessidades de pessoas com deficiência visual e integram os serviços oferecidos nas Fábricas de Cultura Vila Curuçá, Sapopemba, Itaim Paulista, Parque Belém, Cidade Tiradentes e São Bernardo do Campo desde fevereiro deste ano.
O aparelho possui uma câmera acoplada para óculos e proporciona visão artificial e acesso à informação. Sem a necessidade de conexão pela internet, o dispositivo identifica cores e reconhece pessoas, bem como data e hora, sendo um importante aliado para frequentadores com baixa ou nenhuma visão durante à leitura nas Bibliotecas das Fábricas de Cultura.
“Nosso objetivo é oferecer aos alunos ainda mais acessibilidade, por meio das ações e atividades nas Fábricas de Cultura do Governo do Estado, investindo em equipamentos e infraestrutura de ponta. Estamos reforçando nosso compromisso com a inclusão social”, afirma o Secretário de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, Sérgio Sá Leitão.
As bibliotecas das unidades já contam com Linha Braile, Leitor Autônomo, Leitor de Livros Digitais, Ampliador de Caracteres, Teclado Ampliado, Mouse Adaptado, Folheador Eletrônico e Impressora Braile para atender pessoas com deficiência visual.
Tecnologia vestível
O OrCam MyEye consiste em uma câmera inteligente intuitiva que pesa apenas 22,5 g e mede 7,6 cm por 2,1 cm. Acoplada a uma armação, é capaz de detectar textos em português, inglês e espanhol, seja em livros, revistas, jornais, além de conteúdos no celular, tablets e computadores, embalagens, letreiros de lojas e placas indicativas, por exemplo. A velocidade do equipamento pode ser controlada, possibilitando a leitura de 100 a 250 palavras por minuto. Também permite escolher entre voz masculina e feminina e tem comandos para pausar, adiantar ou retroceder a leitura – tudo isso offline.
O aparelho consegue, ainda, identificar cores e tonalidades, reconhecer pessoas, gêneros e rostos, informar a data e hora com um simples gesto de girar o pulso e identificar produtos pelo código de barras. Após o reconhecimento, retransmite a informação discretamente no ouvido do usuário.
Acessibilidade nas Unidades
Atualmente, as Fábricas de Cultura da Zona Leste dispõem de acessibilidade em toda a sua infraestrutura predial, o que favorece o acesso, bem como oferece a inclusão de pessoas com deficiência. Para proporcionar a comodidade da utilização, as unidades contam com:
• Rampas de acesso;
• Piso Tátil de alerta: para indicação de obstáculos, como escadas, rampas e elevadores;
• Elevador preferencial: o elevador fica localizado em espaço visível aos visitantes;
• Banheiros adaptados: todos os andares das Fábricas de Cultura contam com banheiro PNE ao lado dos banheiros masculinos e femininos;
• Trocadores: todos os banheiros (feminino e masculino) localizados no piso térreo possuem trocadores;
• Cadeiras de rodas: devidamente identificadas, cada unidade possui uma cadeira de rodas na recepção para atender ao público que necessite do recurso.