De acordo com dados do FortiGuard Labs, o Brasil sofreu cerca de 60 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no último ano, e o cenário de 2024 não está sendo muito diferente. Segundo uma pesquisa realizada pela Check Point Research, no primeiro trimestre de 2024, o país teve um aumento de 38% no número de ataques em relação ao mesmo período do ano anterior, demandando investimentos em cibersegurança.
Na tentativa de diminuir esse tipo de problema, as instituições financeiras estão investindo cada vez mais em cibersegurança. É o que mostra a pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), realizada pela organização de serviços profissionais Deloitte. Para se ter uma ideia, o estudo aponta que bancos brasileiros investem 10% do orçamento anual de tecnologia em segurança, chegando a aproximadamente R$3,5 bilhões no último ano. Além disso, este valor deve crescer cerca de R$1 bilhão em 2024, chegando a R$4,5 bilhões em investimentos na área.
Para Evandro Alexandre Ribeiro, Head de segurança da Avivatec, consultoria de tecnologia especializada em negócios, cibersegurança, cloud computing e transformação digital, os investimentos são essenciais para proteger as instituições financeiras das ameaças crescentes.
“Estamos vendo um aumento significativo nos investimentos em infraestrutura para prevenir ameaças de phishing e ransomware, por exemplo. Somado a isso, é um movimento do mercado apostar também em melhorias na gestão de identidade e acesso, além da contratação de especialistas em segurança da informação. A detecção e resposta a incidentes no meio digital de forma rápida e eficaz também estão recebendo maior atenção, pois é crucial identificar e mitigar os riscos.”
Blockchain e Cloud Computing pedem reforços de Cibersegurança
No epicentro das discussões está a blockchain, uma tecnologia que possui um sistema avançado de gerenciamento de dados que possibilita a troca transparente de informações dentro da rede de uma instituição. Com isso, a tecnologia pode ser usada para criar um registro permanente e seguro para acompanhar pedidos, pagamentos, contas e outras transações.
Outro método que vem ganhando espaço no mercado é a cloud computing, uma tecnologia que permite acesso remoto a softwares, processamento de dados e armazenamento de arquivos pela internet. A computação em nuvem fornece acesso seguro e sob demanda a recursos digitais como servidores e armazenamento.
“Precisamos investir cada vez mais em tecnologia na área de segurança para evitar possíveis ciberataques. Isso porque as instituições trabalham com um grande volume de dados de clientes e movimentações financeiras significativas. A expectativa é que este setor continue crescendo de maneira sustentável para garantir cada vez mais a segurança dos dados e das transações”, conclui Evandro