Lucas Stange é o novo sócio da Smart Vision IT e sua missão será liderar a recém-inaugurada unidade Sul, além da área de contas de Governo da integradora.
Com vasta experiência no setor de Segurança Eletrônica no Brasil, o executivo passou por grandes empresas como Delta Cable e Hikvision, que lhe acrescentaram background técnico de altíssimo nível, com certificações diretamente nos maiores players do mundo, como Axis Communications, Aimetis/Senstar, Hanwha (então Techwin) e Hikvision.
Em seu novo desafio, o executivo se tornou um dos sócios da Integradora Smart Vision IT e será responsável por comandar a unidade Sul da companhia, juntamente com a recém anunciada unidade de projetos de Governo.
Acompanhe a entrevista de Lucas Stange na Security Business.
Como foi sua chegada a Smart Vision IT?
Lucas Stange: No final do ano passado, depois de passar por várias empresas mais de 15 anos no setor de tecnologia e segurança, decidi me desligar da Hikvision para abrir minha própria empresa e atuar integrador de sistemas pela primeira vez na vida. Nesse processo, procurei alguns amigos para tirar algumas dúvidas e dentre eles o Paulo Ramos, e ele comentou que tinha planos de abrir a unidade sul da Smart Vision IT e também inaugurar um setor voltado para projetos de Governo. Fui convidado para liderar essas duas frentes e ser sócio da empresa.
A decisão de aceitar o convite mudou totalmente seus planos…
Lucas Stange: Sim. Eu passo a contar com toda a infraestrutura, recursos financeiros e know how da Smart Vision. Isso me trouxe muitos benefícios. Posso dizer que com essa parceria começo grande e ganhei quatro anos de vantagem no mercado com essa parceria, em comparação a iniciar uma empresa do zero.
Como tem sido o seu dia-a-dia desde a contratação?
Lucas Stange: Já fizemos o planejamento e estamos colocando algumas ações em prática. A principal atividade é desenvolver os melhores clientes da região sul e da vertical Governo. Isso significa localizar os clientes, qualificá-los em termos de recursos e demandas e ajudá-los de forma efetiva. Isso significa cuidar do projeto dele como se fosse nosso. O objetivo é formar parcerias de longo prazo.
Que tipo de projetos a Smart Vision busca na região sul
Lucas Stange: Estamos ampliando o portfólio de soluções da Smart Vision. Agregamos outras áreas ao que já existiam – cabeamento estruturado, redes, soluções de incêndio, CFTV e controle de acesso. Para este ano estamos trazendo soluções de cloud e datacenter – e dentro desse segmento, storage, firewall, virtualização e VPN.
Então novas empresas serão incluídas no portfólio da Smart Vision com essa ampliação…
Lucas Stange: Começamos a conversar com alguns fabricantes, assinamos as primeiras NDAs e estamos começando a rodar as soluções com esses fabricantes. Por enquanto, os nomes ficarão em sigilo e serão revelados após termos os primeiros projetos fechados com eles.
Além disso, estamos reestruturando as áreas em que atuávamos antes dessa reformulação na Smart Vision IT. Isso significa fortalecer parcerias, aumentar o nível das certificações técnicas dos fabricantes, maiores descontos devido à fidelidade com parceiros. Estamos mais próximos dos fabricantes de forma responsável.
Como você enxerga a região Sul em termos de negócios?
Lucas Stange: Estamos falando da segunda ou terceira região mais rica do Brasil e um pólo tecnológico. Mas ela tem uma particularidade cultural que torna essa região mais reticente em termos de negócios com pessoas de outras regiões do país.
Pelo fato de eu ser nativo e ter longo relacionamento com parceiros daqui – sejam fabricantes ou integradores – tenho mais facilidade em estabelecer relações pessoais. Isso facilita a criação de soluções tecnológicas com as que o mercado da região sul não está acostumado, mas que não chegam aqui porque empresas de São Paulo, por exemplo, não conseguem entrar.
Para o setor de Governo, a minha atuação será em todo o território nacional. Dependendo de como as coisas caminharem, será possível que a Smart Vision desenvolva projetos em outros países da América Latina, graças ao grau de relacionamento que eu mantenho com os profissionais dessas regiões. Nosso objetivo, no entanto, é construir e escrever projetos em conjunto com o usuário final para oferecer a solução mais adequada. Para o futuro, planejamos melhorar o setor de desenvolvimento e integração de softwares por API e SDK para atender necessidades específicas dos clientes para que a Smart Vision desempenhe seu papel de integrador.
Em sua opinião, quais serão os maiores desafios que você terá dentro da Smart Vision?
Lucas Stange: Creio que o principal desafio é gerar escalabilidade para o negócio, no sentido de criar braços de atuação e trazer pessoas para a equipe sem perder a essência da empresa. Em que momento devo trazer novas pessoas para o time para ajudar a crescer.
O segundo desafio é crescer de forma estratégica. Ou seja, saber equilibrar os investimentos em novas soluções ao mesmo tempo em que mantenho o desempenho da empresa, conciliando vendas e projetos. A concorrência existe em qualquer parte.
Elegemos três datas principais para a empresa no ano de 2024, nas quais faremos balanços na atuação. O primeiro em julho, o segundo em novembro e o terceiro no fim do ano para fazer o planejamento 2025. Nesses três períodos, nos reunimos para repensar a empresa, avaliar e redirecionar o crescimento do grupo como um todo.
Qual será sua equipe na unidade da região Sul?
Lucas Stange: Para o início das operações, estamos fechando os contratos do nosso escritório em Curitiba e warehouse, que será em Santa Catarina. Já contamos com uma equipe técnica que fica no norte do Paraná, e um pré-vendas dedicado para a unidade de governo, além de todo suporte dos profissionais da Smart Vision nas unidades São Paulo e Rio de Janeiro, mas em breve abriremos mais vagas para a unidade Sul.
Como será a atuação da área de Governo na Smart Vision?
Lucas Stange: Esse novo setor será comandado por mim. Nosso objetivo é atuar nas três esferas governamentais: municipal, estadual e federal.
Eu me preparei para atender esse setor desde 2011, quando entrei para o mercado técnico de segurança eletrônica. Durante esses treze anos, acumulei muito conhecimento, participei de diversas certificações, tive boas oportunidades de crescimento profissional e me especializei em diversas tecnologias. Com esse know how técnico, passei a atender projetos críticos e de extrema importância para as empresas, Experiência que hoje me deixa confortável em atender até mesmo os mais complexos projetos de qualquer vertical. É esse conhecimento que vou utilizar para trabalhar o setor dentro da Smart Vision IT. Retomar esse meu lado comercial será o maior desafio.
Quais verticais de projetos têm mais demanda nessa região?
Lucas Stange: Estamos focando nas áreas de Agrobusiness, Energia e Indústria, principalmente nos setores automobilístico e farmacêutico. Dentro da Indústria, a nossa atuação abrange todo o projeto logístico, desde a fabricação até importação e exportação de peças. Nesse sentido, o trabalho não será – a princípio – o atendimento da infraestrutura do porto, mas sim solucionar as demandas portuárias dos meus clientes, para que eles tenham a melhor experiência. O mesmo acontece na área de Agronegócio.
Qual a realidade da região sul e qual maior desafio de se ganhar projetos?
Lucas Stange: A região Sul tem profissionais de altíssimo nível. A chance de encontrar profissionais gabaritados – seja ele usuário final, integrador ou técnicos é altíssima. Então, eu diria que um dos grandes desafios que terei aqui será enfrentar essa concorrência altamente qualificada. Uma característica das pessoas da região é saber exatamente o que desejam e já ter uma boa noção de como fazer isso. É preciso entender o cliente e trabalhar tecnicamente para atender as expectativas dele. A mágica, nesse caso, será usar a criatividade.