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Perda de dados é a grande preocupação no Brasil e no México

Para evitar a perda de dados, 23% dos entrevistados brasileiros preferem combinar soluções usando armazenamento on-line e dispositivos físicos.

A pesquisa anual da Western Digital apontou que a perda de dados é a grande preocupação dos brasileiros. As informações apresentadas destacaram o mercado latino-americana nas três economias mais importantes da região – Argentina, Brasil e México, em relação ao suporte de informações e uso de dispositivos.  A apresentação ficou a cargo de João Almeida, Country Manager da companhia.

O estudo foi conduzido pela Ipsos  de forma online e divulgado para celebrar o Dia Mundial do Backup em 2023, que é comemorado todo dia 31 de março para aumentar a conscientização sobre os benefícios de armazenar informações de maneira correta e confiável.

A amostragem foi de 1.000 casos de alcance nacional por país, homens e mulheres, maiores de 18 anos, de todos os níveis socioeconômicos. O trabalho de campo foi realizado entre 27 de fevereiro e 3 de março de 2023.

Entre as principais descobertas da pesquisa, destaca-se que a grande maioria dos entrevistados (86%) sabe o que é um backup e, dos 88% que realmente o praticam como regra, 93% possuem algum dispositivo ou espaço de armazenamento on-line. Por outro lado, 69% dos entrevistados, em média, estão mais preocupados em perder seus arquivos digitais do que em perder objetos físicos.  

Em relação à solução de armazenamento que utilizam, embora o armazenamento gratuito on-line/em nuvem seja o principal formato utilizado (53%), seguido de pendrives e cartões de memória, 58% preferem fazer cópias de segurança em dispositivos físicos ou combinar o dispositivo físico com serviços on-line/em nuvem.

 

Brasil tem o maior público adepto ao Backup

Dos países pesquisados, o Brasil é aquele onde o maior percentual de pessoas sabe o que é um backup (89%), onde eles são mais realizados (90%) e onde a frequência de backups é maior (9,2 vezes em média por mês), com o maior percentual de backups diários (26%). 

Para os brasileiros que não o fazem, os principais motivos são por não saber como fazer (30%), não consideram necessário (28%), esquecem de fazer (24%) ou seus arquivos não são tão importantes (21%).

Em relação ao tipo de armazenamento que possuem, 54% responderam “gratuito on-line/em nuvem”, enquanto o cartão de memória ficou em segundo lugar com 43% e o pendrive em terceiro lugar com 40%. Nesse caso, destaca-se a preferência por fazer seus backups on-line/na nuvem (47%), ficando abaixo a opção por dispositivos físicos, com 31%. 

Alinhado com a média geral, 23% dos entrevistados brasileiros preferem combinar soluções usando tanto o armazenamento on-line quanto o uso de dispositivos físicos. Os entrevistados no Brasil também estão mais preocupados em perder arquivos digitais (66%) do que objetos físicos (34%).

 

Na Argentina predominam dispositivos físicos

Na Argentina, 82% dos entrevistados sabem o que é fazer um backup e 84% o fazem. Nesse caso, 25% fazem backup uma vez por mês, 22% diariamente e outros 22% uma vez por semana.

No país, os motivos que levam a não realização de backups são “achar desnecessário” (27%), seguido de “não sei fazer/é muito complicado” (25%). Para 24$ dos pesquisados, o esquecimento foi a resposta. No caso argentino, também há a maioria que acha que perder arquivos digitais (68%) é mais preocupante do que perder objetos físicos (32%).

Entre os que fazem cópias de segurança, na Argentina o armazenamento gratuito on-line/em nuvem também predomina com 53% das respostas, ficando o pendrive em segundo lugar (44%) e o cartão de memória em terceiro lugar (40%). De sua parte, tanto a opção “prefiro fazer on-line/na nuvem” como “prefiro fazer em dispositivos físicos que me pertencem” obtiveram 37% das respostas, enquanto para 26% dos entrevistados, a melhor opção é combinar o backup em dispositivos físicos com armazenamento on-line/em nuvem, sendo esse o percentual mais alto em relação ao Brasil e ao México. Para os argentinos entrevistados, a principal vantagem de usar dispositivos físicos é que eles podem acessar seus arquivos quando precisam (60%), gerenciam melhor a privacidade de seus arquivos (54%) e não dependem de uma conexão com a internet (48%). 

 

Preocupação com a perda de dados

Um total de 81% dos participantes da pesquisa disseram saber o que é fazer uma cópia de segurança – a taxa mais baixa dos 3 países – mas quando lhes explicaram em que consiste, 87% afirmaram fazê-lo. Cabe destacar que, dos 3 países, o México foi o que mais se preocupou com a perda de arquivos digitais em comparação a objetos físicos, com 74% dos entrevistados, superando a média geral em 5 pontos percentuais. Com relação à frequência com que é realizado o backup, o México foi o país com maior percentual na opção “uma vez por semana”, com 33% das respostas. Para os mexicanos, “uma vez por mês” está em segundo lugar (24%) e “diariamente” em terceiro (21%). Embora a frequência média de todos os países pesquisados em geral seja de 8,7 vezes por mês, no México a cifra é a mais baixa dos 3 países, apenas 8.

Entre os que não fazem backup de seus dados, a opção “não sei fazer/é muito complicado” foi a mais respondida (37%), também quando comparada com a Argentina (25%) e Brasil (30% ). Em segundo lugar, “porque me esqueço” (23%), e em terceiro, “porque não tenho interesse em guardar arquivos por tanto tempo” (20%), deixando a opção “porque não considero necessário” em quarto lugar. (19%). E com relação aos formatos de backup que possuem, os mexicanos optam – como mostra a tendência dos resultados gerais – pelo armazenamento on-line/em nuvem gratuito (52%), seguido pelo cartão de memória (46%). Quanto aos suportes de armazenamento preferidos, a balança pende para os dispositivos físicos, com 42% das respostas, e em segundo lugar para as plataformas on-line/em nuvem (35%), deixando 23% que preferem uma combinação de ambas as opções.

De acordo com a pesquisa, oito em cada 10 entrevistados fazem backup com frequência, diária ou mensal. A  principal razão apontada por quem não faz backup é por terem dificuldade em fazê-lo (32%), enquanto 24% esquece e outra porcentagem semelhante não considera necessário.

O estudo diz ainda que aqueles que preferem fazer backup em dispositivos físicos ou combiná-los com armazenamento on-line, acredita que a vantagem de fazer backup em dispositivos físicos está na certeza de poder acessar seus arquivos quando precisar (61%), na possibilidade de melhor gerenciamento da privacidade de seus documentos (49%) ou em menor exposição a falhas de segurança (37%).

Algumas dicas importantes para evitar problemas:

 

  • Saiba onde estão seus dados 

De acordo com uma pesquisa recente da Vanson Bourne, apenas 40% dos entrevistados possuíam total visibilidade de seus dados. Isso é extremamente preocupante, especialmente porque a quantidade de dados gerados a cada dia continua a crescer e mais e mais regulamentações estão sendo aplicadas.  

 A descoberta ajuda a prevenir a perda ou exposição de dados sensíveis e permite que as organizações implementem medidas de segurança apropriadas.

  • Faça o backup e teste sempre 

Os backups devem ocorrer com muita regularidade dentro das organizações. No mínimo, isso deve ser realizado uma vez por semana, mas para melhor proteção, o backup dos dados deve ser realizado a cada 24 horas. Em nosso mundo moderno, onde os dados são gerados a velocidades incríveis e a tecnologia está sempre mudando, os dados de uma empresa podem parecer muito diferentes de uma semana para a outra.  

Os backups devem ser testados regularmente. A recomendação é pelo menos anualmente, mas outros defenderão a realização de testes mensais. Testes regulares garantem que você possa ter certeza de que seu backup é suficiente e que o tempo de inatividade pode ser mantido a um mínimo. 

Esses exercícios treinam os funcionários para saber exatamente o que fazer caso ocorra um ataque. Uma simulação de incêndio para seus dados, testes de backup garantem que nenhum dano maior será causado mediante a um ataque cibernético. 

  • Fique atento às exigências regulatórias 

A ANPD publicou, em fevereiro, o regulamento das sanções administrativas por descumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Com isso, já está tudo pronto para começar a aplicação de multas e outras penalidades a empresas que desrespeitarem a LGPD. As punições previstas em lei vão desde uma simples advertência a multas milionárias (alcançando 2% do faturamento da empresa, limitada a R$ 50 milhões) por infração. E podem chegar, em casos extremos, ao impedimento da empresa operar por incapacidade técnica de proteger dados de seus públicos de relacionamento. 

  • Atenção a novas oportunidades 

O mundo da tecnologia está sempre mudando e novas oportunidades estão sendo criadas. Especialmente quando ataques cibernéticos acontecem com mais frequência e os cibercriminosos estão mais sofisticados, não faltam novas técnicas de proteção de dados chegando ao mercado. 

Uma delas é a tecnologia emergente do ciber-engano. Projetada para colocar o negócio no comando e retomar o controle dos atacantes, a metodologia envolve a utilização de chamarizes para atrair o criminoso para ativos falsos e para longe dos reais. Isso não apenas reduz a frequência de eventos de ameaça, como o atacante tem muito mais probabilidade de se deparar com ativos falsos em vez do ativo real, além de fornecer um sistema de alerta antecipado, notificando a empresa assim que um ativo falso é encontrado.

Por último, vale a pena adotar uma abordagem proativa para a segurança cibernética, mantendo-se atualizado sobre seus dados e medidas de segurança, o colocará em vantagem para enfrentar quaisquer desafios em sua organização.

 

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Eduardo Boni

Jornalista e Diretor de Conteúdo do Portal Security Business

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