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Por que a ZTA define sobrevivência das empresas?

Zero Trust Architecture (ZTA)

A Zero Trust Architecture (ZTA) é um dos pilares da segurança cibernética, ao eliminar a confiança implícita em qualquer dispositivo, usuário ou rede, priorizando verificações contínuas e controles rigorosos de acesso. A recente violação de dados da National Public Data (NPD) exemplifica os perigos de operar sem essa abordagem.

Em dezembro de 2023, um invasor cibernético, conhecido como SXUL, explorou vulnerabilidades nos servidores da NPD, acessando 2,9 bilhões de registros sensíveis. A falha levou ao comprometimento de informações pessoais, como registros de identidades e endereços. Em abril de 2024, esses dados foram comercializados na Dark Web por US$ 3,5 milhões, resultando em danos irreparáveis à NPD, que acabou declarando falência. Com uma arquitetura Zero Trust, muitas das etapas críticas desse ataque poderiam ter sido prevenidas ou mitigadas.

 

Prevenção com ZTA

Um exemplo é a segmentação rigorosa da rede. Na NPD, o invasor obteve acesso irrestrito a enormes volumes de dados, algo que poderia ter sido evitado caso houvesse segmentação granular, limitando o impacto da invasão. Além disso, a verificação contínua de identidade e contexto teria detectado acessos suspeitos rapidamente. A ZTA utiliza autenticação constante, analisando fatores como localização, comportamento e o dispositivo utilizado, bloqueando atividades anômalas em tempo real.

Outro ponto crucial seria o controle de acesso baseado no princípio de menor privilégio, garantindo que cada usuário ou sistema acessasse apenas os dados necessários para sua função. Isso impediria que um invasor tivesse acesso irrestrito. Por fim, o monitoramento e a resposta em tempo real, parte integral da ZTA, poderiam ter detectado o comportamento anômalo do invasor e acionado respostas automáticas, minimizando o tempo de exposição e os danos causados pela violação.

 

Benefícios da ZTA

A ZTA oferece benefícios significativos em comparação às arquiteturas tradicionais de segurança, que assumem que dispositivos e usuários internos são confiáveis. Entre as vantagens estão a proteção contra ameaças internas e externas, limitando o movimento e o impacto de invasores; a conformidade com regulamentações de privacidade, como LGPD e GDPR; a resposta rápida a incidentes, com monitoramento contínuo que reduz o tempo de detecção; e a segurança de dados críticos, priorizando a proteção de informações sensíveis e reduzindo o risco de violações devastadoras.

O caso da National Public Data é um alerta sobre os riscos de operar sem uma arquitetura de segurança robusta. A Zero Trust Architecture não apenas mitiga vulnerabilidades, mas também transforma a abordagem de segurança cibernética, tornando as organizações mais resilientes a ataques. Adotar a ZTA é mais do que uma decisão estratégica — é uma necessidade em um mundo cada vez mais ameaçado por violações de dados.

 

Conheça 3 medidas que favorecem a implantação da Arquitetura Zero Trust.

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Fernando Gaio

Jornalista especializado em TI, Segurança e Mídia. Contribui regularmente na Security Business.

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