O setor de portos é um dos que mais investem em tecnologia de segurança em todo o mundo. Um dos mais recentes foi o Freeport, no Texas, que investiu em soluções de vigilância e rastreamento integradas da Genetec para melhorar as operações cotidianas.
Este é um dos maiores portos dos Estados Unidos segundo o critério de tonelagem estrangeira. Localizado a cinco quilômetros das águas profundas, o Freeport recebe enormes cargueiros do Brasil, China, Colômbia, Costa Rica, México, Venezuela e outros países, fato que contribuiu para a decisão de modernização de segurança, visando aprimorar a videovigilância por e integrá-la ao sistema de rastreamento de navios por radar.
Uma das necessidades que precisava ser atendida era contratar um novo sistema que automatizasse o acionamento das câmeras assim que os radares detectassem uma embarcação em sua zona de segurança. O objetivo era facilitar e agilizar o processo de tomada de decisão para todos os operadores do porto. Esse problema foi solucionado com a integração do Security Center Omnicast, ferramenta de vídeo vigilância IP da plataforma Genetec.
Através do sistema de radares embarcados em ação, o porto de Freeport pretende continuar promovendo avanços tecnológicos para sua segurança e planeja incorporar tecnologia de sonar à solução como um todo. Com isso, o Genetec Security Center ficará plenamente integrado com um sistema de radar e um sistema de sonar para a total segurança física e do perímetro aquático.
Além de monitorar as áreas portuárias e as embarcações que chegam, o Genetec Security Center pode ser utilizado também para outras aplicações, como, por exemplo, arquivamento de imagens e dados da operação.
“Esta solução foi fundamental para esclarecer uma ocorrência com um dos clientes do porto, que estava se queixando, e teve sua reclamação esclarecida por meio do levantamento das imagens de vídeo. Já o recurso de acesso remoto permite a conexão remota ao sistema Omnicast para qualquer tipo de manutenção necessária”, afirma Fábio Ferreira, gerente da Vertical de Cidades e Infraestrutura da Genetec Brasil, responsável pelo setor de portos nacional.
Vigilância e rastreamento para atualização tecnológica
O Porto de Freeport surgiu quando o primeiro complexo de atracadouros foi construído em Freeport, no Texas, e é um dos mais acessíveis na costa do Golfo. O canal, de 130 metros de largura e 15 metros de profundidade, garante passagem rápida e segura para muitos cargueiros. No entanto, a expansão do porto trouxe também a necessidade da adoção de tecnologias mais modernas, como o rastreamento de navios por um sistema de radares.
O projeto de modernização foi comandado pela Lanair, integrador de sistemas de segurança com sede em Los Angeles, na Califórnia, e parceiro da Genetec. A empresa propôs soluções que atendessem às expectativas do Freeport, contemplando todos os requisitos de integração com o sistema de radar.
Nas operações portuárias típicas, o sistema de radares opera de forma independente do sistema de vídeo vigilância. Quando as embarcações se aproximam, os operadores acionam manualmente as câmeras da área aquática. A administração de Freeport queria um sistema que possibilitasse a automatização do acionamento de uma câmera quando os radares detectassem uma embarcação em sua zona de segurança para dinamizar o processo de tomada de decisão dos operadores.
Busca pela arquitetura flexível
O ideal era um sistema de arquitetura aberta com capacidade de integração e que permitisse incorporar tecnologia de câmeras sem fio para, no futuro, aumentar o número de câmeras instaladas.
“Estávamos procurando um sistema IP avançado que pudesse operar integradamente com nosso sistema de radar de embarcações e crescer à medida dos nossos avanços”, explicou Rick Benavidez, diretor de segurança física e patrimonial do porto de Freeport.
Uma das principais razões para optar pela Genetec foi a abertura e maturidade do seu sistema de desenvolvimento de software, que permitiu a programação de funcionalidades que outros sistemas não ofereciam.
No sistema de radar, uma linha de demarcação se torna amarela sempre que uma embarcação se aproxima. Caso a embarcação prossiga na mesma direção, a linha torna-se vermelha e o sistema de radar envia um alarme aos operadores, ao mesmo tempo em que aciona as câmeras mais próximas ao navio no Omnicast. O sistema de radar continuará a alternar feeds de vídeo das câmeras com imagens do navio se aproximando do porto.
“Recebemos um sinal de indicação de alarme e, a partir de uma imagem da câmera, podemos saber imediatamente se a embarcação é de um guarda costeiro ou de alguém que tenha autorização para entrar. Caso a embarcação seja autorizada, conseguimos responder a esse tipo de problema de forma mais rápida e efetiva, especialmente na área aquática”, explica Benavidez.
Vigilância e rastreamento fortalecido
Para incrementar a segurança aquática, foram instaladas ainda novas câmeras com conexão sem fio à rede em torres de radar há alguns quilômetros do porto. As câmeras foram instaladas com codificadores e receptores sem fio ponto a ponto, o que facilitou a comunicação com o Security Center e melhorou a qualidade do vídeo.
“Temos diversas câmeras conectadas sem fio, com imagens e cores claras e nítidas, que superam de longe as minhas expectativas em relação à tecnologia sem fio”.
O porto de Freeport utiliza outros recursos intuitivos do Security Center, como o acesso remoto e a detecção de movimentos. O porto também estabeleceu regras de detecção de movimento durante horários do dia, nos quais os quadros de vídeo não deveriam indicar nenhuma movimentação. O sistema de vigilância e rastreamento tem alarmes de evento pré-definidos, de modo que os operadores não precisem se preocupar com essas áreas do porto, a não ser que um alarme seja disparado.
“Sabemos bem que se trata de uma solução expansível e achamos que temos o sistema certo para seguir em frente com planos futuros de crescimento, quando eles surgirem”, diz o diretor de segurança física e patrimonial do porto de Freeport.