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Testes de intrusão e simulação de ciberataques mostram fragilidade da Nuvem

Testes de intrusão identificam diversos problemas de cibersegurança, como APIs inseguras, configurações incorretas do servidor e credenciais fracas.

A pandemia acelerou um movimento de computação na nuvem que ganha mais força com a chegada do 5G. No entanto, os testes de intrusão e a simulação de ciberataques mostram a fragilidade do ambiente de Nuvem.

Segundo estimativas da consultoria Gartner, a Cloud Computing tende a manter a linha de crescimento, com um aumento de 20% neste ano em comparação a 2022, o que acende o alerta para a segurança de dados cada vez mais descentralizados.

O penteste (Teste de Penetração) na nuvem é um serviço de Red Team para Cloud e consiste na simulação de um ataque cibernético controlado para detecção e exploração de vulnerabilidades de segurança em uma infraestrutura de cloud computing, apoiando decisões para melhoria da rede e correção de falhas na segurança dos dados. Diferentes tipos de métodos manuais e ferramentas automáticas podem ser usados, dependendo do tipo de serviço e do provedor de nuvem utilizados.

De acordo com Alexandre Armellini, diretor de Red Team da Cipher, empresa de cibersegurança do grupo Prosegur, provedores de nuvem estão vinculados a regulamentos de segurança e subordinados à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), mas isso não é suficiente.

 “É preciso ter um plano de segurança da informação que inclui os testes de penetração, para prevenir, identificar e corrigir os pontos fracos da rede”, explica.Cada provedor tem sua própria política em relação à realização de testes de intrusão na nuvem e o escopo do penteste é ditado por um modelo compartilhado, estabelecido pelo no Service Level Agreement (SLA) entre o cliente e o prestador de serviços”, informa o diretor de Red Team.

Segundo o executivo, via de regra, aspectos da segurança na nuvem, como proteção física da infraestrutura e dos data centers, são responsabilidade dos provedores de nuvem, enquanto medidas de segurança relacionados à identidade do usuário são encargo do cliente. Com a realização sistemática de Testes de intrusão nas aplicações em nuvem, é possível identificar e reparar problemas antes que a ameaça se instale na rede, tais como:

 

  • APIs inseguras: APIs inseguras podem levar a um vazamento de dados em grande escala, ou até mesmo à perda total dos dados. O controle de acesso inadequado e a falta de sanitização de entrada estão entre as principais causas do comprometimento das APIs.
  • Configurações incorretas do servidor: As configurações incorretas do serviço são uma vulnerabilidade de nuvem comum (S3 Buckets mal configurados, em particular). Os erros de configuração mais recorrentes do servidor em nuvem são permissões impróprias, dados não criptografados e diferenciação entre dados privados e públicos.
  • Credenciais fracas: Senhas fracas facilitam ataques de força bruta, no qual o invasor pode usar ferramentas automatizadas para decifrar esses códigos, abrindo caminho o uso da conta e das credenciais, podendo levar ao roubo da conta e sequestro de dados.
  • Software desatualizado: O software desatualizado contém vulnerabilidades críticas de segurança que podem comprometer seus serviços em nuvem. A maioria dos fornecedores de software não usa um procedimento de atualização simplificado ou os próprios usuários desativam as atualizações automáticas. Isso torna os serviços de nuvem desatualizados que os hackers identificam usando scanners automatizados.
  • Práticas de codificação inseguras: A contratação de profissionais não especializados conduz às más práticas de codificação, reduzindo a eficiência da rede e causando bugs de segurança. Essas vulnerabilidades estão entre as principais causas do comprometimento de serviços da web em nuvem.
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Eduardo Boni Pontes

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