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Pesquisa mostra cautela no uso de Inteligência Artificial

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Juniper Networks compartilha os resultados de sua pesquisa global realizada em janeiro deste ano. O estudo mostra cautela no uso de Inteligência Artificial, embora os consumidores e empresas a incluam como uma das principais prioridades estratégicas para 2021 -, ainda existem desafios que têm impedido a adoção de forma efetiva.

A companhia realizou um levantamento global com 700 tomadores de decisão de TI, que tem envolvimento direto nos planos de IA e/ou machine learning de sua organização ou implementações reais para avaliação de atitudes, percepções e preocupações com a tecnologia.

No mundo corporativo, a Inteligência Artificial está apenas começando a ser utilizada para automatizar tarefas diárias, como chatbots para atendimento ao cliente, reconciliações bancárias e fluxos inteligentes de trabalho para a gestão de tickets de problemas de TI.

De fato, de acordo com o levantamento da Juniper Networks, 95% de todos os entrevistados acreditam que sua organização se beneficiaria com a incorporação de IA em suas operações do dia a dia, em seus produtos e serviços.

No entanto, apenas 6% dos líderes C-level (total de 163 pesquisados no estudo) reportaram a adoção de soluções baseadas em IA em sua organização hoje.

O levantamento da Juniper Networks mostra que essa lacuna está entre os três desafios abaixo, classificados pelos entrevistados como os principais inibidores para a adoção:

 

  • Tecnologias de prateleiras e prontas para IA

Os entrevistados classificaram os modelos desenvolvidos para IA e os conjuntos de dados usados pelas empresas, como o principal desafio relacionado à tecnologia. Há uma necessidade de investimento robusto em soluções na nuvem e preparação de dados certos para uso da Inteligência Artificial, já que mais da metade dos executivos relataram que sua empresa provavelmente coletará dados de telemetria para aprimorar a IA com foco em melhorar a experiência do usuário, bem como garantir que os dados confidenciais estejam protegidos no processo.

  • Prontidão da força de trabalho

A pesquisa ponta que 73% das organizações dos entrevistados estão lutando para preparar e expandir sua força de trabalho, mirando na integração com sistemas de IA. Enquanto isso, os entrevistados C-level relataram que sentem ser mais prioridade contratar pessoas para desenvolver recursos de IA dentro de uma organização (Prioridade nº 1), do que treinar os usuários finais para que eles mesmos possam operar as ferramentas (Prioridade nº 3).

  • Governança da IA

De acordo com o estudo, 67% dos entrevistados identificaram que a Inteligência Artificial foi apontada como prioridade pelo time de liderança de sua organização para o plano estratégico (FY21), além disso 84% dos executivos concordam que o patrocínio e o envolvimento de executivos multidisciplinares é essencial para integrar a IA com seus produtos e serviços. No entanto, apenas 7% dos executivos reportaram que não identificaram um líder de Inteligência Artificial em toda a empresa, que supervisione a estratégia e governança de IA.

 

Cautela e bons resultados no uso de Inteligência Artificial 

Embora a Inteligência Artificial venha com conjuntos de desafios, nossa pesquisa mostra que as organizações que já adotaram e aproveitaram a IA estão mostrando resultados reais e significativos, proporcionando otimismo e entusiasmo.

O levantamento revelou que TI e Operações são as áreas de negócios mais comuns, onde o uso de Inteligência Artificial é mais comum, identificando mudanças positivas como eficiência operacional e o aprimoramento de experiências dos usuários.

A pesquisa também revela que, à medida que as organizações escalam os seus recursos de IA e integram os seus funcionários com as soluções, a satisfação do usuário aumenta constantemente e também permite que os funcionários dediquem mais tempo para se concentrarem em tarefas que não podiam realizar antes.

Segundo Sharon Mandell, vice-presidente sênior e CIO da Juniper Networks, a missão da companhia é alavancar a IA para simplificar as operações e oferecer experiências superiores para empresas, provedores de serviços e provedores de nuvem.

“Como CIO, quando vejo tanto interesse em uma tecnologia emergente, sempre é preciso lembrar às pessoas que há armadilhas se não for gerenciada corretamente. Para a Inteligência Artificial, não há dúvidas de que há luz no final do túnel repleto de desafios e um potencial considerável para gerar resultados ainda mais significativos e incríveis, do que vimos até agora. Se as empresas se concentrarem na qualificação da força de trabalho, investindo em infraestrutura robusta – incluindo dados, nuvem e recursos de rede -, e implementarem governança de Inteligência Artificial estarão se preparando para contar com a força de trabalho digital de amanhã”, destacou.

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Eduardo Boni

Jornalista e Diretor de Conteúdo do Portal Security Business

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