O panorama das ameaças cibernéticas está em contínua transformação, e diariamente nos deparamos com adversários maliciosos cada vez mais inteligentes, impulsionados por interesses financeiros e geopolíticos. Portanto, é essencial que as empresas fortaleçam seu SOC e suas defesas contra essas ameaças complexas.
*Por Dennis Brach I WatchGuard Brasil
Além da perspicácia dos cibercriminosos, as organizações precisam lidar com um desafio extra: a escassez de colaboradores qualificados. A ausência de uma equipe interna competente pode tornar ainda mais complicada a tarefa de responder de forma eficaz a ameaças complexas. Desta forma, com a crescente dificuldade em encontrar analistas qualificados, não é incomum que as equipes tenham dificuldades em lidar com ameaças desconhecidas e sofisticadas, o que pode levar a prejuízos significativos.
Para enfrentar esse cenário, adotar um SOC (Centro de Operações de Segurança) moderno é uma solução essencial. É importante reconhecer que as violações vão ocorrer e estar preparado para reagir de maneira rápida e eficiente. A evolução dos SOCs é uma resposta direta à necessidade constante de adaptação ao ambiente de segurança dinâmico e desafiador.
SOC tradicional vs. SOC moderno
Um SOC é onde a equipe de segurança monitora, analisa e responde a incidentes cibernéticos, utilizando tecnologia, pessoas e processos. Tradicionalmente, o seu foco está na detecção e resposta a incidentes através de logs e alertas.
Com a transformação das ameaças e dos danos financeiros e à reputação das empresas, as exigências para os SOCs evoluíram. Um SOC moderno precisa incorporar além das funções tradicionais. Ele deve monitorar redes, endpoints, aplicativos e atividades dos usuários. Deve buscar comportamentos anormais, investigar sinais de incidentes e responder prontamente às ameaças. Detectar e responder a essas ameaças antes que elas causem um impacto significativo é crucial para minimizar os custos e evitar danos maiores.
Componentes essenciais do SOC moderno
Nos SOCs modernos, o time está sempre a postos, 24 horas por dia, 7 dias por semana, trabalhando em turnos para garantir vigilância contínua e mitigação de ameaças. Embora colaborem com outros departamentos, geralmente operam de forma autônoma e são compostos por analistas e engenheiros de segurança altamente qualificados.
A missão principal dos SOCs, tanto tradicionais quanto modernos, é ajudar as organizações a gerenciar os riscos cibernéticos. O que mudou são os métodos de operação. SOCs modernos exigem uma visão mais ampla do que apenas os alertas tradicionais de perímetro e endpoints, monitorando todas as atividades para identificar comportamentos suspeitos.
Mas ter visibilidade sozinha não é o suficiente. Com o aumento da complexidade e do volume de alertas, os analistas enfrentam uma sobrecarga de trabalho, e muitas ameaças acabam sendo negligenciadas. A modernização do SOC deve incorporar automação para enfrentar esses desafios em larga escala, permitindo que as equipes de SecOps resolvam incidentes mais rapidamente e com menos pessoal.
*Dennis Brach é country manager da WatchGuard Brasil